06/09/18 12h33

A importância das startups para a renovação e desenvolvimento do mercado

Época Negócios

Fenômeno recente na história, as startups estão renovando mercados e, em alguns casos, desafiando os modelos existentes.

Além de criar novas tecnologias, muitas observam uma inovação e desenvolvem outras maneiras de utilizar aquele conhecimento. Com seu crescimento, viram empresas influentes e de sucesso, e chegam a mudar alguns paradigmas importantes. Um exemplo conhecido para quem vive em grandes cidades é a norte-americana Uber, prestadora de serviços eletrônicos na área do transporte privado urbano que começou como uma startup em 2009 e hoje opera em mais de 600 centros urbanos pelo mundo com um faturamento de US$ 7.5 bilhões em 2017. Hoje a empresa mudou a forma dos brasileiros de se relacionar com o transporte coletivo.

O Brasil é hoje o 13º melhor ecossistema do mundo para startups, segundo pesquisa do instituto Startup Genome. De acordo com a StartSe, o maior banco de dados de startups do país, existem atualmente em seu cadastro mais de 9 mil startups registradas. Esse número pode ser ainda maior segundo a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), que aponta para algo entre 10 e 15 mil espalhadas pelo país, levando em conta a falta de CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) para boa parte delas, que ainda se encontram em fase inicial.

Nessa lista estão desde gigantes do mercado brasileiro, como a iFood, presente em mais de 100 cidades do Brasil e dona de uma cartela com mais de 5.000 restaurantes, até startups menos conhecidas, mas tão criativas quanto, caso da SysHaus, desenvolvedora de uma casa inteligente e sustentável que fica pronta em apenas 6 meses.

Apesar de concentradas na região sudeste, onde está o maior número de startups brasileiras, com São Paulo respondendo por 43%, Minas Gerais por 12% e Rio de Janeiro por 9.7%, a cidade com o maior número de startups por habitantes é Florianópolis, casa de negócios inovadores, como a RD (Resultados Digitais), startup de marketing digital que em sete anos já opera com 600 colaboradores atendendo a 20 países, e a Agriness, que oferece soluções tecnológicas para 90% dos produtores de suínos do Brasil.

De acordo com o Censo StartSe 2017, os três setores com mais startups no país são tecnologia da informação, comércio e varejo e educação. E dentro de cada uma delas a idade média dos fundadores é de 33 anos, gerenciando equipes formadas por 58% de colaboradores de perfil técnico e 42% com perfil business.

Ciente da importância de startups no país e seguindo conectar as pessoas ao futuro por meio da inovação, a unidade de aviação da GE do Brasil abre inscrições para o Desafio InovAR, que promete dar asas a projetos inovadores voltados para o planejamento de demanda e previsão de materiais nas oficinas de manutenção da GE Aviation. As inscrições são gratuitas e estão abertas até 13 de setembro pelo site do desafio InovAR.

Podem participar startups devidamente constituídas e que estejam em situação regular perante os órgãos governamentais em seu país – sendo que nenhuma pode estar vinculada a qualquer governo. Outra exigência é que os projetos estejam em fase beta (tecnologia/produto/serviço estruturado e com testes de validação realizados) ou launched (tecnologia/produto/serviço no mercado, com utilizadores e/ou aprovação regulatória concluída).

A startup vencedora poderá optar pelo prêmio de R$ 38 mil ou aproveitar uma semana de imersão em inovação e mentoração para o projeto no Centro de Pesquisas da GE, em Nova York, com passagem e hospedagem pagas pela empresa (máximo de três pessoas). "Nossa meta é conectar softwares a pessoas, serviços e tecnologia. Queremos trazer as startups para dentro de uma grande corporação e criar um novo mindset", afirma Gabriela Gomes, líder de inovação da GE Aviation.