14/02/18 16h01

Açúcar ainda é o principal produto exportado na região de Ribeirão Preto

Em Sertãozinho, exportação do etanol apresentou queda de 71% em 2017 em relação ao ano anterior

A Cidade On

O açúcar continua como o principal produto exportado pela Região Metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP), tendo apresentado crescimento de 2,9% em 2017 em relação a 2016. É o que mostra o Boletim Comércio Exterior do Ceper/Fundace, que traz um balanço de 2017 e um comparativo com o ano anterior. 

Na região, o destaque de exportação ficou por conta do amendoim, que apresentou crescimento de 71,7% em 2017 na comparação com 2016, passando a ser o quarto principal item exportado pela região. 

Em Ribeirão Preto, o destaque foi o aumento do valor exportado de soja, que passou de US$ 960 mil em 2016 para US$ 20 milhões em 2017, o que é decorrente de efeito meramente contábil, explica o pesquisador do Ceper e coordenador do Boletim Comércio Exterior, Luciano Nakabashi. 

Outro produto com crescimento expressivo na cidade, segundo o levantamento, foi alimentação animal, com variação positiva de 58% em entre um ano e outro. Já as exportações de sementes, frutos e esporos apresentaram queda de 36,1%, no mesmo período. 

Em Sertãozinho, o destaque foi o aumento da exportação de carnes bovinas (96%), fazendo o item entrar na lista de principais produtos exportados. Por outro lado, a exportação do álcool etílico apresentou uma queda de 71%, baixando de US$ 126 milhões para US$ 21 milhões. "A queda na exportação do etanol depende muito da demanda americana, o principal destino do produto, o que explica as oscilações que ocorrem em cada ano", explica Nakabashi. 

Também houve redução da exportação de açúcar (-8%). Mesmo assim, o item continuou sendo o principal produto da pauta exportadora de Sertãozinho.

Brasil

No Brasil, os cinco principais itens exportados foram os mesmos em 2016 e 2017 e a soma dos valores aumentou 38% de um ano para outro. Destacam-se os aumentos das exportações de óleos brutos de petróleo (61,5%), minérios de ferro (41,4%) e veículos (39,7%). Segundo Nakabashi, o resultado positivo dos veículos se deve às melhorias na economia argentina de outros países de destino.

São Paulo

Diferente do Brasil, os principais itens exportados pelo estado de São Paulo se alteraram nos dois períodos analisados. Destaca-se o crescimento das exportações de tratores de esteira (bulldozers e angledozers), niveladoras e afins, que foi de 73,8%. Outros produtos que tiveram crescimento significativo no valor exportado foram automóveis de passageiros (28,6%) e óleos brutos de petróleo (32,5%). A exportação de sumos de frutas aumentou apenas 2,4%, saindo da lista dos cinco produtos mais exportados pelo Estado. Veículos aéreos, por sua vez, apresentaram redução de 17,1%, em decorrência da queda nas vendas da Embraer.