13/09/18 12h02

Agência financia projetos verdes

Correio Popular

Por Rogerio Verzignasse

Os empreendedores da Região Metropolitana de Campinas (RMC) investem cada vez mais em projetos que possam garantir sustentabilidade e eficiência energética às suas empresas. Só no primeiro semestre de 2018, a Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP) financiou R$ 1 milhão em projetos verdes. O setor de serviços respondeu por 57% deles. O restante, 43%, é para a indústria.

O resultado é expressivo. Para se ter uma ideia, no mesmo período do ano passado não houve financiamentos de projetos com essa finalidade.

Desde 2009, a agência desembolsou cerca de R$ 6,8 milhões para iniciativas sustentáveis, apenas na RMC. Em todo o Estado, o valor chega a R$ 219 milhões.

“São Paulo importa de outros estados a maior parte da energia elétrica que consome. Nosso objetivo, alinhado com as políticas de desenvolvimento do governo estadual, é auxiliar na diminuição dessa dependência, incentivando as empresas paulistas a investirem na geração da própria energia, tornando-as mais eficientes e competitiva”, disse Álvaro Sedlacek, presidente do órgão.

Para incentivar a chamada economia verde, a agência oferece opções de crédito com condições especiais para as pequenas e médias empresas, as chamadas PMEs, com taxas de juros reduzidas, carência de prazos prolongados para quitação.

Podem obter financiamento a compra e instalação de equipamentos para produção de energia renovável (como placas solares, aerogeradores e pequenas centrais hidrelétricas), bem como projetos voltados à redução de perdas de energia elétrica, sistemas de recuperação de calor e isolamento de tubulações, entre outros.

ENERGIA SOLAR

Segundo projeções da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), disponibilizadas pela Desenvolve SP, o mercado de energia solar deve movimentar, até 2030, cerca de R$ 125 bilhões. É um campo promissor. A produção de energia limpa está na pauta dos empreendedores.

Quem já usa a energia solar como fonte de eletricidade para seu empreendimento é a contadora Solange de Brito, sócia da Idaplast, empresa que atua na produção de laminados plásticos em Hortolândia. O valor da conta de luz despencou. “Eu precisava aumentar a produção de energia, e com o financiamento consegui instalar mais 56 placas fotovoltaicas. Já tenho 252. Se eu pagava R$ 6.000,00 antes na conta de luz, agora chego a pagar R$ 900”, explica.

A empresa, fundada em 1989, ocupa uma planta com três mil metros quadrados, no bairro Chácaras Coelho, num moderno parque fabril.