25/05/18 12h04

Avibras investe mais de R$ 72 mi para a nova unidade em Lorena

Essa é uma decisão de investimento da empresa, estratégica para o Brasil e para ela, que busca o resgate da soberania nacional na produção de combustível sólido, essencial para as atividades aeroespaciais no país

O Vale

A Avibras Indústria Aeroespacial vai investir na sua planta de Lorena, na RMVale mais de R$ 72 milhões na construção de nova fábrica para produção de PBHT (Polibutadieno Hidroxilado), insumo fundamental na produção de combustível sólido. Essa capacitação é imprescindível para os foguetes do novo Programa Espacial Brasileiro.

Essa é uma decisão de investimento da empresa, estratégica para o Brasil e para a Avibras, pois é fundamental para o resgate da soberania nacional na produção de combustível sólido, essencial para as atividades aeroespaciais.

A construção da nova fábrica é de responsabilidade da empresa, que conta com recursos próprios e financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para atender a demanda de investimento. Segundo a assessoria de imprensa, a nova fábrica representará um aumento expressivo de empregos diretos e indiretos na região.

Com início das operações previsto para o final de 2019, a fábrica estará capacitada para produzir até 2000 toneladas de PBHT/ano. O domínio do processo de produção, materializado pela construção da fábrica de PBHT, vai restabelecer a autossuficiência em sua produção e resguardar o interesse nacional de embargos, uma vez que tal insumo é produzido por poucos países no mundo e nenhum destes no hemisfério sul.

Além das aplicações no mercado de Defesa e Aeroespacial, o PBHT possui várias aplicações como insumo no mercado civil, tais como isolantes, selantes adesivos, impermeabilizantes, encapsulamento, revestimentos, películas, etc.

ÁREA ESPACIAL.

A Avibras participa do Programa Espacial Brasileiro desde a década de 1960, quando fabricou os primeiros foguetes Sonda 2 e Sonda 2. Nos últimos anos a Avibras fabricou mais de 500 foguetes de treinamento para serem lançados do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão.

Atualmente participa do desenvolvimento e da fabricação dos motores foguetes S50 do VLM-1 (Veículo Lançador de Microssatélites), contratada pela Funcate (Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais) e IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço) no âmbito do Programa Nacional de Atividades Espaciais da Agência Espacial Brasileira.

Com sua expertise no setor aeroespacial no desenvolvimento de soluções tecnológicas nacionais, a Avibras é a única empresa 100% brasileira de capital privado, com competências próprias para integrar veículos lançadores para o Programa Espacial Brasileiro em elaboração pelo Governo através do Comitê do Programa Espacial Brasileiro coordenado pelo Ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

É perceptível uma dinamização no mercado de pequenos satélites com aumento de demanda internacional por lançamentos, e o CLA dispõe de uma infraestrutura suficiente para lançamentos de pequenos artefatos para atuação em órbitas baixas.