26/01/15 14h12

Campinas interligada com o futuro

Correio Popular - Campinas

Campinas ganha nesta segunda-feira (26) uma rede metropolitana de pesquisas e serviços, formada por 14 instituições de ensino, institutos de pesquisa e empresas de tecnologia interligadas por meio de uma rede de fibra ótica com 80 quilômetros de extensão. O projeto visa criar redes de alta velocidade para colaboração entre instituições de pesquisa e a democratização do acesso ao conhecimento. A rede permitirá o desenvolvimento de pesquisas científicas, integração entre universidades e unidades de pesquisa e a troca de informações.

A cerimônia de lançamento será nesta terça-feira (27), às 14h, no auditório do Conselho Universitário da Unicamp. A realização é uma iniciativa da Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa (RedeComep), dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Educação (MEC), coordenada pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). O investimento imediato foi de R$ 1,6 milhão, aplicado pela RNP. A Prefeitura de Campinas e a CPFL são parceiras na instalação do projeto.

As instituições que fazem parte da rede são Unicamp, PUC-Campinas, Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), Embrapa Informática Agropecuária (CNPTIA), Embrapa Monitoramento por satélite (CNPM), Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), Centro de Referência em Informação Ambiental (CRIA), Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPECx), Informática de Municípios Associados S/A (IMA) e Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).

"Campinas tem uma enorme qualificação científica e precisava de uma infraestrutura que integrasse essas instituições. É uma infraestrutura para os próximos 25 anos e que pode ser ampliada com um custo pequeno", afirmou o diretor-geral da RNP, Nelson Simões.

De acordo com ele, o objetivo é futuramente ampliar a rede com outras empresas e instituições de pesquisa do município. "São 14 instituições e toda a comunidade vai se beneficiar. A rede é um espaço aberto, permite novas conexões e com certeza e vai crescer", acrescentou.

Importância

A Unicamp teve um papel fundamental para a viabilização do projeto, por meio da articulação com a RNP e das organizações da região. Atualmente, a instituição é responsável por toda a administração da rede metropolitana. "A universidade tem um papel muito importante nesse fomento à informação, cultura e pesquisa científica. Por isso gosto de ver a rede como uma ferramenta. A ideia é com o tempo agregar outras instituições", explicou o engenheiro Gustavo de Oliveira Carvalho, do Centro de Computação da Unicamp, coordenador do Comitê Gestor da rede.

Carvalho explica que ainda não existe um "manual" para a utilização da rede, e que as possibilidades de aplicações são infinitas. "Essa ferramenta vai possibilitar a todas as instituições o desenvolvimento de novas ideias em relação à comunicação. Não existe nenhuma iniciativa formal sobre como vai funcionar. Será possível, por exemplo, visualizar da Unicamp um exame feito no Mário Gatti, com um médico da Unicamp avaliando", explicou.