24/08/17 14h03

Centro de tecnologia deve sair do papel em 2018

Petrobras investirá R$ 84 milhões no projeto

A Tribuna

Anunciado em 2013 pela Petrobras, o Centro Tecnológico da Baixada Santista (CTBS) deve começar a sair do papel a partir de 2018, com investimento total de R$ 84 milhões e prazo de 24 meses para entrar em funcionamento.

A informação é do prefeito Paulo Alexandre Barbosa após sair de reunião com o presidente da estatal, Pedro Parente, realizada ontem na Capital. A Petrobras confirma o encontro, mas dará detalhes do cronograma de implantação do centro nos próximos dias.

O centro é fruto de um convênio firmado em março de 2014 entre Prefeitura de Santos, Petrobras e as três universidades públicas estaduais: USP, Unicamp e Unesp.

Pelo documento assinado à época, a Prefeitura se comprometia a ceder uma área própria para a construção do centro, e o local definido foi parte do Cais Santista, o antigo Colégio Santista, localizado na Vila Nova. Pelo projeto original, o espaço será composto por vários laboratórios dos mais diversos segmentos: Centro Operacional Integrado Virtual de Exploração de Petróleo e Gás (E&P), Processos de Exploração, Construção de Poços, Reservatórios e Processos de Produção, Planta de Processamento Primário, Logística de Suprimento para os Operações de E&P no Mar, entre outros.

Segundo Paulo Alexandre, todos os projetos (básico, executivo) e licenças já estão finalizados. A verba necessária, R$ 84 milhões, deve entrar no orçamento da Petrobras do próximo ano, sendo liberada conforme as etapas de instalação do centro forem ocorrendo.

Ainda segundo o projeto original, as salas do CTBS contarão com tecnologias transversais, banco de dados e rede de alta velocidade. A definição dos laboratórios ocorreu ainda em 2012, quando surgiu a ideia de instalar o centro em Santos.

Os pesquisadores do centro tecnológico não desenvolverão pesquisas apenas para a Petrobras, mas também para as empresas que vierem a operar nas bacias petrolíferas. Depois de implantado o centro, o custeio deve ser feito através de verba própria para essa finalidade da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANS), mas a ideia é que seja economicamente sustentável.

Muito aguardado pelo setor petrolífero e pela própria comunidade acadêmica da região, o CTBS está paralisado há quatro anos em decorrência da situação econômica-financeira da Petrobras.