13/05/14 16h11

RMS irá atrair empresas para região, prevê Ciesp

Técnicos destacam a necessidade, agora, de um plano diretor regional

Cruzeiro do Sul – Sorocaba

A criação da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), que foi formalizada pelo governador Geraldo Alckmin na semana passada, vai dar mais um impulso para a atração de empresas. Isso porque, além de investir nas vantagens já existentes na região, como a infraestrutura, a mão de obra qualificada, o posicionamento logístico, devem ser criados novos incentivos fiscais de interesse da iniciativa privada. Outro destaque vai ser a elaboração de um plano diretor regional, que irá facilitar a atração de grandes empresas, que terão uma visão mais aprofundada de toda a RMS.

Para o diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) em Sorocaba, Erly Domingues de Syllos, a RMS é muito bem vinda para todos os municípios envolvidos. "Principalmente para as diretrizes do Estado, onde vai ser possível ter ações totalmente conjugadas entre esses municípios; e aí envolve todo o sistema logístico, com a criação de novas estradas, pois os prefeitos podem, juntos, reivindicar isso", diz.

Erly explica que a RMS recebe verbas determinadas pelo governo do Estado que possibilitam mais investimentos em infraestrutura. "Não é porque cria a região metropolitana que vai ter muito mais dinheiro, mas eles são muito mais trabalhados em conjunto, fazendo com que a região trabalhe em conjunto, com novas estradas, saneamento público; tudo de uma forma harmoniosa entre os municípios", acrescenta.

"Eu acho que esse conceito de região metropolitana visa harmonizar isso e o Ciesp de Sorocaba, que compreende 48 cidades, já vem fazendo esse trabalho há aproximadamente cinco anos", afirma o diretor do Ciesp. O objetivo sempre foi, continua ele, o de levar empresas para essas cidades. "Junto com o Sesi, Senai, verificamos o que precisa nessa cidade para que ela atraia novos investimentos. Se precisa de qualificação de mão de obra, se precisa ter um plano diretor bem definido, lei voltada para incentivo industrial bem clara e definida e uma infraestrutura adequada na cidade", complementa.

A Região Metropolitana, de acordo com Erly, é um complemento daquilo que o Ciesp já vem trabalhando, mas com a vocação do poder executivo, por meio do governo do Estado e das prefeituras". E o Ciesp, ele acrescenta, irá trabalhar para a criação de ambientes favoráveis para a atração de novos investimentos. "Fazer com que essas cidades se tornem sustentáveis, referente a empregabilidade, atração de investimentos, gerando riquezas para os municípios da RMS."

Capacitação profissional
O atual secretário da Habitação de Sorocaba, Flaviano Agostinho de Lima, foi presidente do Núcleo de Planejamento Regional (Nuplan) em Sorocaba e agora atua na implementação da RMS pelo poder executivo local. Segundo ele, um dos pontos essenciais para a criação da RMS é a qualidade da mão de obra local e a possibilidade de investir ainda mais nisso. "Temos, sobretudo aqui, condições de qualificação de pessoal; de profissionais que podem suprir a demanda crescente de pessoas mais qualificadas para atuar nos segmentos de indústria, comércio e serviços; o que é um fator também indutor desses investimentos", conta.

Ele acredita que "não é à toa que estamos recebendo esses investimentos, como o da Toyota, ABB, enfim, tantas empresas que estão chegando, porque elas enxergam em Sorocaba e região uma condição muito propícia de formação de profissionais."

Plano diretor
A elaboração de um Plano Diretor Regional, conforme diz ser necessário o diretor do Ciesp, será um dos principais pontos da RMS, explica o secretário Flaviano Agostinho. "Com isso, a empresa vai saber como a região vai se desenvolver", explica. Assim, de acordo com ele, o setor não ficará restrito ao desenvolvimento de uma cidade.

"A empresa vai poder fazer melhor os seus planos de negócios; ela tem um horizonte melhor", diz. O plano diretor possibilitará, continua o secretário, "que a empresa saiba que população vai ter, o seu nível de formação, quais são os desenhos mais estratégicos em relação aos investimentos em infraestrutura e saneamento." "Tudo isso vai fortalecer que elas fiquem mais seguras com toda a necessidade de abastecimento para que elas possam funcionar da maneira mais adequada", finaliza.