Doria viaja à China para tentar atrair investimentos

China na madrugada do sábado, numa viagem que terá como um dos principais objetivos apresentar oportunidades de investimento em São Paulo a empresários e autoridades locais, com foco no programa de privatizações. Além disso, o prefeito vai conhecer experiências chinesas em áreas como mobilidade urbana, tecnologia, segurança e educação, segundo o secretário de Relações Internacionais da prefeitura, Julio Serson.

Apontado como um dos possíveis candidatos do PSDB à presidência em 2018, Doria tem viajado com frequência ao exterior. Em fevereiro, esteve em Dubai e Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Em abril, foi à Coreia do Sul. No mês seguinte, esteve em Nova York, onde recebeu o Prêmio Personalidade do Ano, da Câmara de Comércio Brasil-EUA. No primeiro semestre, Também esteve em Miami, nos EUA, além de ter feito visitas a Roma, na Itália, e a Lisboa, em Portugal.

Ao comentar a ida de Doria à China, Serson afirma que "essa talvez seja a principal viagem que o prefeito vai empreender neste ano", dada a importância econômica do país asiático para uma cidade com o perfil de São Paulo. A viagem, feita a convite do governo chinês, começa por Pequim, passando depois por Hangzhou, Xangai e Shenzen. Haverá encontros com executivos de bancos e empresas chinesas, além de autoridades locais. O prefeito estará de volta a São Paulo no dia 30.

Na capital chinesa, Doria vai se encontrar com executivos do Bank of China e do China Development Bank, uma espécie de BNDES chinês, diz Serson. "Nós vamos atrás de recursos para privatização, para investimentos", afirma o secretário. Segundo ele, um dos pontos que têm chamado a atenção dos chineses é o fundo imobiliário, que a prefeitura está terminando de preparar. "Por questões cambiais e até pela desvalorização que a crise econômica provocou, o setor imobiliário está muito barato para os estrangeiros. Isso pode ser um atrativo muito grande."

Ainda na capital chinesa, Doria vai se encontrar com executivos da Lenovo, fabricante de produtos como computadores e celulares. Na etapa seguinte da viagem, em Hangzhou, o prefeito visitará a HikVision, do setor de vigilância digital, onde haverá uma apresentação do programa Solução Cidade Segura e outra de um sistema de drones.

Em Xangai, Doria vai se reunir com representantes da Aviation Industry Corporation of China (Avic), além de falar com o prefeito da metrópole chinesa. Na cidade, vai conhecer o sistema de tratamento de água do rio Huangpu.

Em Shenzen, Doria visitará a BYD, que produz veículos híbridos e elétricos e baterias. No Brasil, a empresa fabrica ônibus e painéis solares em Campinas. Na sexta-feira a Prefeitura de São Paulo apresentou um ônibus elétrico fabricado pela BYD que deve começar a rodar na cidade neste mês. Ainda em Shenzen, o prefeito terá encontros na Huawei, do setor de telecomunicações.

Ao falar das visitas às companhias chinesas, Serson destaca um aspecto que considera importante em tempos de restrição fiscal. "As várias empresas que nós vamos visitar estão oferecendo equipamentos, oferecendo tecnologia, claro, mas também as fontes de financiamento. Nós sabemos que hoje não apenas São Paulo, mas o poder público em geral, está com restrição de recursos muitos grande."