26/12/06 16h12

Em breve, expresso para Cumbica

O Estado de S. Paulo - 26/12/2006

Dos quatro principais projetos de transporte ferroviário de passageiros para o País, apenas dois estão saindo do papel e têm chances de se tornar realidade, relatam especialistas do setor. O primeiro é o Trem Expresso Aeroporto, que pretende ligar o terminal de trem da Barra Funda, em São Paulo, ao Aeroporto Internacional de Guarulhos (Cumbica). O segundo empreendimento é o Expresso Bandeirantes, entre São Paulo e Campinas. Outros dois planos que contaram com a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ainda estão na teoria. Segundo os especialistas, são planos com altos custos, o que os tornam economicamente inviáveis: o trem de alta velocidade entre São Paulo e Rio e os trens regionais de média densidade, que planejam usar os horários vagos de transporte de cargas para transportar passageiros. O projeto mais avançado é o trem expresso Aeroporto e o trem Guarulhos. São dois projetos sobrepostos, pois ligam São Paulo a Guarulhos e a Cumbica, com investimento de US$ 572 milhões. Segundo o vice-presidente da Agência de Desenvolvimento de Trens Rápidos entre Municípios (AD-Trem), Gerson Toller, em abril deverá ser conhecido o vencedor do edital de construção da obra. Existem 57 empresas interessadas. Entre elas, estão companhias multinacionais interessadas em financiar o projeto. Já o trem que pretende unir São Paulo e Campinas, no interior do Estado de São Paulo, conta Toller, já conta com um projeto de Parceria Público Privada (PPP) encaminhado, mas ainda não formalizado. Neste caso, a idéia é fazer um investimento de US$ 1,3 bilhão entre 2007 e 2010, para um trecho de 92,3 quilômetros a ser percorrido em 50 minutos. O plano de ligar São Paulo ao Rio de Janeiro por ferrovia seria realizado por meio de um trem com velocidade de 285 quilômetros por hora. Os 403 quilômetros de distância entre as duas capitais seriam percorridos em 85 minutos. O custo da obra é de US$ 9 bilhões.  A idéia de utilizar horários vagos de trens de cargas para o transporte de passageiros, por sua vez, poderia se transformar em realidade em trechos de até 200 quilômetros, atendendo cidades com mais de 100 mil habitantes.