02/05/13 14h53

Empresa japonesa especialista em borracha, plástico e led escolhe SP para primeira fábrica da América Latina

Planta da Toyoda Gosei em Itapetininga vai manufaturar diversos produtos com o objetivo de expandir o market share

Toyoda GDBR, empresa japonesa que manufatura produtos de plástico, borracha e led para diversos setores em 17 países, escolheu o Estado de São Paulo para a instalação de sua primeira fábrica na América Latina. Com o objetivo de ampliar seu market share, a Gosei do Brasil - GDBR, subsidiária da Toyota Gosei, vai gerar cerca de 150 empregos no início da produção em um terreno de 220 mil m² localizado em Itapetininga, que está 180 km da capital paulista. A decisão de trazer a empresa para o Brasil foi baseada nas evoluções que estão acontecendo no mercado automotivo da América Latina, além do aumento na procura por bens duráveis de luxo.

Serão investidos, inicialmente, R$ 90 milhões na realização do projeto, que é assessorado pela Investe São Paulo desde abril de 2012. “Ajudamos a empresa a encontrar o local adequado para o estabelecimento da nova planta. Agora, a GDBR está recebendo apoio da Investe SP na obtenção das licenças ambientais e no contato com as concessionárias de serviços públicos para obter a infraestrutura adequada para o porte da fábrica”, explicou o presidente da Investe SP, Luciano Almeida.

A nova planta vai produzir, inicialmente, produtos de borracha e plástico para o interior e exterior de automóveis, como sistemas de segurança e tiras de couro. Os primeiros clientes da GDBR serão as fábricas brasileira e argentina da Toyota, e planta paulista da Honda. Mas a empresa está aberta para expandir seu portifólio de produtos para outros setores, comercializando para os setores elétrico, de máquinas, de equipamentos médicos e outras indústrias.

“O grupo Toyoda Gosei está trabalhando para expandir sua base de clientes ao redor do mundo. Como o setor automotivo tem crescido consideravelmente nos últimos anos, decidimos que esse é o momento perfeito para investir. Vir para o Brasil também nos dá a possibilidade de atender mais prontamente às expectativas de nossos clientes estabelecidos ao redor do Brasil”, explicou Takeshi Fujiwara, responsável pela implantação do projeto.  Segundo ele, um dos objetivos da empresa é tornar-se, até 2020, um fornecedor global. A previsão é que as vendas da empresa somem cerca de R$ 100 milhões por ano até 2020.

Fujiwara explica que a localização de Itapetininga, com fácil acesso a clientes, fornecedores, aeroportos e o Porto de Santos, foi fundamental para a escolha do município para o investimento. Além disso, a disponibilidade de mão-de-obra qualificada na cidade e o apoio da prefeitura também foram fator decisivo. Afinal, a previsão é que apenas o presidente e o vice-presidente da empresa serão japoneses expatriados. Praticamente toda a mão-de-obra contratada deverá ser local.

“A Toyoda Gosei acredita firmemente que o dinamismo de Itapetininga e a mão-de-obra qualificada que vai trabalhar na nova fábrica vão contribuir muito para o reforço da empresa como um fornecedor global. É nossa meta estabelecer-nos na região em um contexto de boa cidadania empresarial, trazendo alegria e satisfação para todos os nossos clientes diretos e indiretos no mundo todo”, conclui Fujiwara.

Sobre a Gosei do Brasil
A palavra gosei, ou “gossei”, como é pronunciada pelos japoneses, significa “sintético” no idioma natal da empresa. Com cerca de 27 mil trabalhadores em 46 unidades instaladas em 17 países, o grupo Toyoda Gosei desenvolve tecnologias e produtos feitos de polímero, borracha e e semicondutores óticos. Semicondutores óticos são os principais componentes das lâmpadas de led.

Seu objetivo é contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade que emita menos carbono e dependa menos do petróleo, criando itens cada vez mais leves e eficientes energeticamente. 

A Toyoda Gosei surgiu como uma divisão do grupo para pesquisa e desenvolvimento com borracha. Tornou-se uma empresa independente na década de 40. Hoje, com sua expertise na área química, o grupo também produz para os setores de eletricidade, telecomunicações, máquinas, equipamentos médicos, entre outros.