19/10/21 17h37

Empresas querem carbono zero na logística marítima até 2040

Money Report

A Amazon e a IKEA estão entre os grandes clientes do transporte marítimo de contêineres que pressionam as empresas de navegação a adotarem combustíveis marítimos com zero carbono até 2040, anunciaram seus executivos nesta terça-feira (19). Com cerca de 90% do comércio mundial transportado por mar, das embarcações saem quase 3% das emissões mundiais de CO2. Uma mudança no setor teria um grande impacto nas cadeias logísticas e a pandemia só serviu para acelerar essa necessidade.

Com o aumento na demanda por produtos de varejo enquanto as pessoas estavam isoladas em casa gerou taxas recordes de embarques de contêineres, o que acabou agravado por congestionamento na entrada dos portos. Ou seja, as emissões e os custos só aumentaram.

A iniciativa da Amazon e da IKEA, organizada pelo Instituto Aspen, reúne nove signatários, incluindo também Unilever e Michelin. Michelle Grose, chefe de logística da Unilever, disse que a logística foi responsável por 15% da pegada total de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e que o grupo está “incentivando nossas transportadoras existentes a mudar para combustíveis mais limpos”.

Grupos ambientalistas da coalizão Ship It Zero disseram que os compromissos anunciados eram “históricos, mas muito fracos” e pediram aos signatários que mudem totalmente para navios com emissões zero até 2030. “Se as grandes marcas de varejo realmente querem fazer sua parte com relação às mudanças climáticas, precisam estar em uma correção de curso agora, não daqui a 19 anos”, disse Kendra Ulrich, do grupo ambiental Stand.earth, membro do Ship It Zero.

 

fonte: https://www.moneyreport.com.br/esg2/empresas-querem-carbono-zero-na-logistica-maritima-ate-2040/

As Nações Unidas querem reduzir os GEE do setor em 50% em relação aos níveis de 2008 até 2050, com pedidos crescentes de uma meta mais ambiciosa de descarbonização total até 2050. Uma redução de 50% exigirá o rápido desenvolvimento de combustíveis com emissões zero ou de baixa emissão e navios com novos designs, como o projeto do Oceanbird (imagem), que reduziria as emissões em 90%.