07/12/16 15h40

Exportações de veículos devem superar projeções para o ano

Anfavea espera fechar 2016 com embarques acima das 500 mil unidades

Automotive Business

As exportações de veículos deverão ser a única atividade da indústria nacional a encerrar 2016 com crescimento e ainda superar as projeções da Anfavea. De acordo com levantamento da entidade, o volume embarcado neste ano até o fechamento de novembro para outros países está 23,4% acima do verificado em igual período de 2015: foram enviadas pouco mais de 457,7 mil unidades a outros mercados, volume muito próximo da projeção, que prevê 507 mil unidades nos doze meses completos.

“Estamos caminhando para esta direção e se repetirmos [o volume de novembro], vamos até superar [as projeções], há uma tendência positiva”, afirma o presidente da entidade, Antonio Megale, durante a apresentação dos resultados na terça-feira, 6, em São Paulo.

Ao longo deste ano, as exportações vêm apresentando resultados mais positivos, o que segundo Megale, reflete o esforço da indústria local em apresentar seus produtos a outros mercados. “Este esforço de abertura de mercado vem dando resultado, com alguns países já recebendo produtos brasileiros pela primeira vez, mesmo que em baixos volumes”, conta.

O bom desempenho nestes onze meses foram impulsionados pelo segmento de veículos leves, cujas exportações cresceram 24,7% no acumulado do ano, para 429,8 mil automóveis e comerciais leves. Já nos pesados, houve queda de 4,3% em caminhões, para pouco mais de 19,1 mil unidades, enquanto os embarques de ônibus subiram 34,6%, para 8,7 mil.

Considerando apenas o resultado mensal, novembro foi o melhor do ano para as exportações: o setor vendeu pouco mais de 57,1 mil unidades no mês passado, volume 54,7% maior do que outubro. Também houve alta de 56,4% sobre novembro de 2015. “Foi o melhor mês desde agosto de 2013 e o melhor novembro desde 2005”, destacou Megale.

Ele acrescentou que este número alcançado no mês passado é um pouco distorcido, uma vez que a Volkswagen voltou às suas operações normais após paralisar suas quatro fábricas no Brasil por falta de peças, isso em agosto. “Essa dificuldade foi superada e a nossa associada voltou a fazer exportações para compensar”, lembrou.

Em valores, há crescimento, mas em menor ritmo: no comparativo anual, elas ficam praticamente estáveis, com leve alta de 0,2%, para pouco mais de US$ 8 bilhões. Novembro contribuiu com US$ pouco mais de US$ 1 bilhão, o melhor mês do ano ao mesmo tempo em que ultrapassou pela primeira vez a casa do bilhão.

“Também deveremos ultrapassar nossa previsão do ano em valores”, previu Megale.