26/07/16 14h53

Geração eólica cresce 77,1% e consumo de etanol aumenta 18,6% em 2015

PROTEC

A matriz energética brasileira teve em 2015 uma alta de 77,1% na geração de energia eólica e um consumo 18,6% maior de etanol, ao mesmo tempo em que o consumo de gasolina caiu 9,5%. As informações são do Relatório Síntese do Balanço Energético Nacional (BEN), edição 2016, feita pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que apresenta em detalhes a contabilização da oferta, transformação e consumo final de produtos energéticos no Brasil tendo por base 2015.

A geração eólica atingiu 21,6 terrawatts-hora (TWh), ultrapassando a geração nuclear do ano passado. Já a indústria reduziu seu consumo em 2,7 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (Mtep), impactada principalmente pela queda dos consumos de carvão vegetal (-6,5%) e eletricidade (-5,0%) no setor siderúrgico e do bagaço de cana (-3,9%) em decorrência da queda na produção de açúcar.

Em 2015, a oferta interna de energia (total de energia disponibilizada no país) atingiu 299,2 milhões de toneladas equivalentes de petróleo, registrando uma redução de 2,1% em relação ao ano anterior. Parte desta queda foi influenciada pelo comportamento da oferta interna de petróleo e derivados, que retraiu 7,2% no período, em consequência do superávit nos fluxos de exportação e importação destas fontes energéticas.

O ano passado mostra uma evolução do percentual renovável na matriz de consumo do setor de transporte em relação a 2014, de 18% para 21%, decorrente do menor consumo de gasolina (-9,5%), compensado pelo maior consumo de etanol (+18,6%). Além disso, o recuo do mercado de venda de automóveis leves contribuiu para redução da demanda de combustíveis.

O consumo final de eletricidade no país em 2015 registrou uma queda de 1,8%. Os setores que mais contribuíram para esta redução foram o residencial (-0,7%) e o industrial (-5,0%). Em 2015, o total de emissões antrópicas associadas à matriz energética brasileira atingiu 462,3 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (Mt CO2-eq), contra 485,1 Mt CO2-eq em 2014.