06/12/17 13h33

GPA projeta investir até R$ 1,4 bi em 2018 e abrir novas lojas

A companhia vai seguir com a estratégia de transformar lojas que antes eram hipermercados Extra em pontos do Assaí

O Estado de S. Paulo

O Grupo Pão de Açúcar espera investir cerca de R$ 1,3 bilhão a R$ 1,4 bilhão em 2018, patamar próximo do aportado nos últimos anos, conforme informou a jornalistas nesta terça-feira, 5, em São Paulo, o presidente da companhia, Ronaldo Iabrudi. A maior parte dos recursos será destinada a projetos de expansão, como abertura de novas lojas da rede de "atacarejo" Assaí e reformas na rede Pão de Açúcar.

Nos doze meses encerrados em setembro deste ano, o GPA investiu R$ 1,338 bilhão, um aumento ante o R$ 1,241 bilhão de 2016, em meio a um processo de aceleração da expansão do Assaí.

O foco no ano que vem continua na rede de "atacarejo". Assim como em 2017, o GPA espera abrir 20 novas lojas da rede, embora nem todas sejam imóveis completamente novos.

A companhia vai seguir com a estratégia de transformar lojas que antes eram hipermercados Extra em pontos do Assaí. A expectativa, no entanto, é que o número de lojas convertidas seja menor do que em 2017: neste ano, das 20 novas lojas Assaí, 15 vieram de conversões.

Pão de Açúcar. Outra bandeira que vai receber recursos é a rede Pão de Açúcar. A bandeira terá 20 lojas totalmente reformadas no ano que vem com o objetivo de ampliar o destaque da área de frutas, legumes e verduras. Este ano foram 11 dessas transformações completas e 39 consideradas "light".

De acordo com Iabrudi, a companhia já tem obtido melhorias nos resultados da rede Pão de Açúcar após ter feito um diagnóstico de problemas. Gestão de filas, foco em produtos icônicos da bandeira, como vinhos e queijos, além da implantação de aplicativo com descontos para clientes fidelidade foram iniciativas que, segundo o executivo, estão ajudando a recuperar as vendas.

O GPA espera retomar o crescimento de vendas de bandeiras como Extra e Pão de Açúcar para patamares ao menos em linha com a inflação de alimentos em 2018, segundo o vice-presidente de Finanças, Christophe Hidalgo. Na rede de "atacarejo" Assaí, a expectativa é que o crescimento supere a inflação.

Nos primeiros nove meses de 2017, a expansão do Multivarejo, divisão que inclui o Extra e o Pão de Açúcar, foi de 1,2% no critério mesmas lojas, que considera apenas unidades abertas há mais de um ano. O Assaí, por sua vez, já tem um crescimento mais acelerado: de 11,2% em nove meses.

A expectativa da companhia é de que as vendas de alimentos sejam favorecidas por uma esperada melhora no nível de emprego, disse Ronaldo Iabrudi. Ao mesmo tempo, os supermercados tendem a sentir menos o impacto da deflação de alimentos, que neste ano reduziu a receita nominal num efeito que não chegou a ser compensado pelo aumento do volume de produtos comprados nas lojas.

Outro efeito favorável nos resultados vem do aumento da demanda por não-alimentos, em especial produtos eletrônicos comercializados nos hipermercados. A queda dos preços de alimentos aumentou a disponibilidade de renda e impulsionou bens mais discricionários, disse o executivo.