01/11/17 14h09

“Há um apetite no Brasil para inovação”, diz sócio de maior aceleradora do mundo

Para Geoff Ralston, nunca teve hora melhor de começar uma startup no Brasil

StartSe

Geoff Ralson, sócio da Y Combinator – uma das maiores aceleradoras de startups do mundo – visita o Brasil pela primeira vez e, em entrevista à StartSe, define seu objetivo: “Eu quero conhecer o máximo de empreendedores que puder”.

Para ele, nunca teve hora melhor para começar uma startup no Brasil. “Tudo o que eu vejo aqui me diz que o Brasil é um ótimo lugar para começar uma empresa. O país tem um enorme mercado com um espírito empreendedor, há um apetite no Brasil para inovação”, afirma.

O sócio da Y Combinator enxerga as barreiras existentes, que são governamentais, de infraestrutura e de cultura. “Você tem que ter país confortáveis dizendo aos filhos ‘Sim, seja o próximo Bernardo – CEO da Quero Educação, startup brasileira acelerada pela Y Combinator -, construa a próxima Quero Educação’, mas isso leva tempo para se desenvolver”. A mudança de mentalidade é necessária, mas Geoff enxerga no Brasil um país que está disposto a mudar – e é o que as startups fazem.

Aceleração na Y Combinator

Para quem já possui uma startup, o primeiro passo, para ele, é inscrever-se em sua aceleradora. A chance de entrar no programa da aceleradora mais famosa do Vale do Silício (que dá consultoria e investe US$ 120 mil em troca de 7% de participação) nas primeiras tentativas é pequena, devido ao número de inscritos, mas apenas se inscrever já é entrar no caminho certo. “Ao se inscrever na Y Combinator, você diz para si mesmo ‘Eu acredito em mim mesmo e nessa ideia e quero levá-la para outro nível’”.

A startup não precisa estar super desenvolvida para ser aceita pela Y Combinator – pelo contrário, a aceleradora busca descobrir startups antes que outras pessoas o façam. Foi o que aconteceu com o Airbnb e Dropbox, que entraram na Y Combinator como startups ainda em fase inicial, e se tornaram unicórnios e empresas renomadas no mundo. “Nós estaríamos errados em negar uma empresa porque é desconhecida. Nós estamos interessados em grandes fundadores e grandes ideias, se conseguimos descobrir isso, não importa qual é o estágio da startup”, afirma.

Para Geoff Ralston, inovar no ecossistema de startups no Brasil é torná-lo um lugar melhor – objetivo parecido ao da Y Combinator de maximizar a inovação no mundo.

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