21/11/17 14h04

Indústria melhora e aquece setor de serviços ambientais

Folha de S.Paulo

Após sofrerem com a retração da indústria nos últimos anos, as empresas que prestam serviços ambientais, como tratamento de efluentes, começaram a registrar um aquecimento do mercado.

A Enfil, que atua no setor, mantém seu faturamento estagnado desde 2015, segundo o presidente, Franco Tarabini. Em 2018, a previsão é de uma retomada impulsionada pelo setor industrial, diz ele.

"Dos R$ 300 milhões de novos contratos previstos para o ano que vem, 60% são de fábricas. É uma demanda que foi destravada há uns três ou quatro meses. Há mais propostas nesse segmento que na área pública."

A melhora no mercado de gestão de resíduos melhora à medida que a produção das companhias sobe, afirma Carlos Fernandes, presidente da Abetre (associação setorial).

"As fábricas começaram a se recuperar após uma queda muito grande. Nos municípios e Estados, o grande problema é a inadimplência, que não melhorou."

O grupo Opersan, que tem como acionista majoritário a gestora Pátria, também notou um aumento na demanda da indústria, segundo o diretor Diogo Taranto.

"Muitos projetos que trazem reduções de custo estavam represados. Conquistamos, no segundo semestre, dois contratos, para uma fábrica de recicláveis e uma de eletrodomésticos", afirma.

A companhia tem um investimento previsto de pelo menos R$ 50 milhões para o ano que vem.

Os recursos, em geral, são destinados a centros de tratamento construídos e operados em unidades de clientes, que compram o sistema após o término do contrato, de acordo com Taranto.