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Melhora de nota brasileira beneficia investidor, avalia Fitch

Valor Econômico - 15/05/2007

A melhora da classificação de risco do Brasil pela Fitch para bem perto do chamado grau de investimento deve favorecer as aplicações no país, afirma Rafael Guedes, diretor executivo da agência internacional. Além da possibilidade de maior entrada de investimento estrangeiro, que valoriza os ativos locais, a expectativa é de alongamento dos prazos e mais previsibilidade para os aplicadores em mercados de maior risco. O benefício vai também para as empresas, que passam a ser vistas como mais seguras pelo investidor externo, explica Guedes. Hoje, muitas já têm notas de risco melhores que as do Brasil - pela Fitch, já são grau de investimento Alcoa Alumínio, Aracruz Celulose, AmBev, Samarco e VPar, com rating em moeda estrangeira BBB, enquanto CSN, Vale do Rio Doce, Gerdau Açominas, Gerdau, Petrobras, Telemar, Usiminas, Banco do Brasil e VCP têm nota BBB- -, mas mesmo assim ganham com a melhora da classificação do país, pagando menos pelos empréstimos. Para o investidor, a redução do risco representaria uma estabilidade maior da economia, que aumentaria a confiança e permitiria aplicações de 20, 30 anos, afirma Guedes, lembrando porém que esse cenário dependerá da manutenção de regras claras e respeito aos contratos por parte do governo.