26/09/16 15h28

Omega pretende investir R$ 2 bilhões em geração

Valor Econômico

A geradora brasileira de energias renováveis Omega Energia prevê alcançar 500 megawatts (MW) de capacidade instalada de parques eólicos e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) em operação no primeiro semestre de 2017. A companhia, que espera concluir nos próximos 18 meses um ciclo de investimentos de R$ 2 bilhões, já possui hoje quatro PCHs e sete eólicas em funcionamento. A Omega também avalia participar do próximo leilão de energia de reserva, em dezembro, voltado apenas para usinas eólicas e solares.

"Temos sempre projetos cadastrados nos leilões. Depende das taxas de retorno e das condições de atração de recursos para novos investimentos para nossa empresa. Sempre participamos, mas de forma muito criteriosa, para garantir nossa empresa saudável e crescendo com estabilidade", afirmou o diretor-presidente da Omega Energia, Antonio Bastos, ao Valor.

A companhia também aguarda a definição da nova política de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para projetos eólicos. A expectativa da Omega é que a mudança passe a valer para os projetos dos próximos leilões, sem alterar as regras para empreendimentos licitados anteriormente.

"Qualquer tipo de mudança, do ponto de vista do que foi estabelecido como regra regulatória no passado e que seja alterado no meio do caminho pode trazer algum tipo de reação dos investidores ou uma receptividade não muito positiva do mercado como um todo. Mas tenho uma percepção que não será esse o caso", afirmou.

No último mês, a chefe do departamento de energias alternativas do BNDES, Ligia Chagas, sinalizou, durante o Brazil Wind Power, principal evento da indústria eólica do país, que as mudanças na política de financiamento não seriam retroativas aos projetos vencedores dos últimos leilões.

Questionado sobre qual seria o melhor modelo de financiamento para o setor, Bastos defendeu que haja uma mudança suave e gradual, para evitar um impacto brusco para os investidores em geração eólica. "A transição ideal é ir fazendo revisão em novos modelos", disse o executivo, defendendo que a mudança seja feita em diálogo com o mercado.

A Omega Energia é controlada pela gestora de recursos brasileira Tarpon Investimentos com participação do fundo de investimento americano Warburg Pincus.