29/03/07 10h45

Petrobrás admite novos passos na petroquímica

O Estado de S. Paulo - 29/03/2007

Depois da compra do Grupo Ipiranga pelo consórcio formado por Petrobrás, Braskem e Ultra, o setor petroquímico brasileiro deverá ter, em um futuro relativamente próximo, novas negociações de grande porte. O diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, disse ontem que o desenho societário do processo de reorganização do setor no Sudeste deverá ser concluído no prazo de seis meses a um ano. Costa disse, após participar de audiência pública na Câmara dos Deputados, que a estatal já manteve contatos para discutir a consolidação com as principais empresas do setor na região Sudeste, como a Suzano Petroquímica e a Unipar. 'Já mantivemos os primeiros contatos com essas empresas, de modo a olhar não só o que existe hoje de ativos, mas também outro ativo muito importante, que vai agregar valor ao Sudeste, que é o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj)', acrescentou. Costa lembrou que a Petrobrás tem como sócios no complexo o Grupo Ultra e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e reafirmou que haverá outros parceiros no projeto. Indagado se a Suzano Petroquímica e a Unipar poderiam ser sócias no Comperj, Costa respondeu afirmativamente. 'Podemos ter a Suzano e a Unipar, como podemos ter vários outros sócios, nacionais ou estrangeiros', disse. Costa não informou, contudo, como poderá ser o desenho acionário do setor no Sudeste após o processo de reorganização. 'Não há um desenho final de como vai ser. Estamos iniciando as discussões e é muito preliminar dizer qual será a participação de cada grupo', destacou. Segundo o diretor da Petrobrás, no prazo de seis meses a um ano já será possível dizer quais serão os acionistas e suas respectivas participações.