14/11/14 14h50

Queiroz Galvão estima investir US$ 145 milhões no próximo ano

Valor Econômico

A Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) vai investir US$ 145 milhões em 2015 para dar prosseguimento ao desenvolvimento de suas áreas exploratórias. O enfoque será principalmente nos campos de Manati, na Bahia; de Carcará, no pré-sal da Bacia de Santos; e em Atlanta. Este ano, o investimento vai totalizar US$ 130 milhões. Até 30 de setembro, a companhia já havia desembolsado US$ 105 milhões.

Ontem, em conferência com analistas para comentar os resultados trimestrais, o presidente da companhia, Lincoln Rumenos Guardado disse que olha oportunidades de aquisição no médio e longo prazo, para diversificar portfólio principalmente em ativos de óleo.

"Carcará também terá produção de gás significativa e já estamos, de certa maneira, inseridos no mercado de gás. A visão é [ampliar] a área de óleo, e [focar a aquisição] em áreas no início do desenvolvimento, onde a gente possa eventualmente ser operador. Vamos olhar projetos não tão grandes, até 300 milhões de barris", disse Guardado.

A companhia não descartou a aquisição de 20% de participação da Óleo e Gás Participações (OGPar, antiga OGX) no campo de Atlanta. A OGPar é dona de 40% do campo. "A cada dia Atlanta fica mais atrativo. A OGX tem interesse em vender 20% e estamos olhando. Se no futuro for significativo, vamos avaliar, mas não é algo que estejamos buscando."

A Queiroz Galvão detém 30% de Atlanta, e a Barra Energia outros 30%. Guardado afirmou que testes nos poços indicaram capacidade de produção diária próxima a 12 mil barris de óleo, por poço.

O presidente se disse confiante na chegada do primeiro navio-plataforma em até 14 meses após a assinatura do contrato. A proposta vencedora deve ser anunciada até o fim deste ano. O primeiro óleo de Atlanta está previsto para o primeiro semestre de 2016, e a capacidade inicial deve ser de até 25 mil barris por dia.

Em Manati a produção média de gás natural deve fechar 2014 em 5,8 milhões de metros cúbicos por dia. Segundo a empresa os custos de produção de gás no campo de Manati continuam competitivos. A companhia informou que o processo de construção da unidade de compressão está dentro do previsto.

A plataforma de Manati vai entrar em manutenção até junho de 2015, com a instalação de linhas flexíveis (dutos flexíveis). Segundo a empresa, a interrupção não deve atrapalhar a produção. O custo do projeto é de US$ 20 milhões. A manutenção da plataforma de Manati permitirá que capacidade de produção do campo vá para 6 milhões de metros cúbicos por dia. Mas para 2015 a expectativa é que a produção no campo seja de 5,5 milhões de metros cúbicos/dia.

Guardado afirmou que os custos da companhia podem aumentar em função da perfuração de poço na área de Carcará. Mas afirmou que a elevação não deve ser significativa. Outra pressão deve vir da aquisição sísmica no Espírito Santo, e de outras áreas onde o processamento já começou.

Em Carcará, Guardado destacou o avanço na perfuração do primeiro poço de extensão, concluído este mês. A próxima fase deve ser concluída no fim de 2015, para quando está planejado teste de formação.

O segundo poço de extensão em Carcará deve ser perfurado no primeiro trimestre de 2015, e a perfuração será feita em fase única. Os testes devem fornecer "parâmetros fundamentais" para a futura produção. O primeiro óleo está previsto para até o início de 2019.