19/02/18 12h43

São Carlos tem saldo positivo de emprego após dois anos de quedas

Primeira Página

O ano de 2017 foi o primeiro ano de saldo positivo entre as admissões e demissões com carteira assinada, após dois anos de diminuição consecutiva no número total de postos de trabalho formal em São Carlos. É o que diz o Informativo Econômico ACISC,  elaborado pelo Núcleo de Economia da entidade em convênio com o Núcleo de Conjuntura, Finanças e Empreendedorismo do Departamento de Economia da UNESP Araraquara, divulgado esta semana.

Segundo o documento, durante o ano passado, 23.563 pessoas foram contratadas e 23.278 foram demitidas. O resultado de toda essa movimentação foi um saldo positivo que significou a criação de 285 novos postos de trabalho. O número de pessoas empregadas formalmente no mês de dezembro era de 74.126.

O documento avalia ainda que “o aumento do número de trabalhadores formais no ano de 2017 é muito positivo para a economia local, principalmente após os resultados verificados nos últimos dois anos. Em 2015, 2.897 vagas de emprego foram extintas e em 2016 foram perdidas mais 2.430 vagas.  O resultado atual demonstra que agora o emprego formal parou de sofrer quedas na cidade e que a tendência para o ano de 2018 é de aumento no número de postos de trabalho formal”.

Segundo o balanço, nos primeiros meses de 2016 (janeiro a abril), o emprego formal apresentou certa estabilidade, demonstrando saldos positivos e negativos alternados. Porém, a partir de maio os saldos foram todos negativos (nove meses consecutivos), até que fevereiro de 2017 apresentou a primeira criação de novos postos de trabalho. Foi a partir de maio de 2017, no entanto, que o emprego formal começou a responder de forma positiva, criando novos postos de trabalho mês após mês até novembro, com exceção do saldo negativo em setembro. Foram sete meses de saldos positivos no emprego formal em 2017 contra apenas dois no ano anterior.

SETORES: O Informativo aponta que o Comércio foi o principal gerador de postos de trabalho durante o ano de 2017, preenchendo 468 novas vagas de emprego. Em seguida aparece o setor de Serviços, com a contratação de 295 trabalhadores a mais do que o número de demitidos durante o ano no setor. A Agropecuária também colaborou com o resultado positivo no ano, criando 89 novos postos de trabalho.

O Informativo aponta ainda que os setores que continuaram a diminuir o seu número de empregados foram a Indústria (-507) e a Construção Civil (-60). “Esses dois setores ainda sofrem as consequências da crise econômica dos últimos anos e o começo da recuperação verificado em 2017 ainda não foi o suficiente para provocar a geração de emprego nesses setores. Ao decorrer de 2018, no entanto, conforme as expectativas de aumento da atividade econômica se confirmem, a Indústria deve começar a recompor sua capacidade ociosa e a Construção Civil retomar obras e lançamentos imobiliários e, por isso, o emprego formal nesses setores deve começar a responder de forma positiva”, diz o Informativo da ACISC.

Segundo o balanço da ACISC, esse crescimento no emprego formal tem um duplo efeito: garante renda para a população local, e também melhora a confiança daqueles que já estão colocados no mercado de trabalho em relação a sua situação econômica nos próximos meses. “Na medida em que as pessoas percebem que o emprego está crescendo, elas deixam de temer por sua demissão e se sentem mais à vontade para realizar maiores gastos, ou se comprometer com compras à prazo”, diz o Informativo.

O que se espera para o ano de 2018 é que a tendência de criação de novos postos de trabalho continue e se torne cada vez mais robusta, na medida em que as expectativas de recuperação e crescimento econômico se concretizem.

O acompanhamento do emprego formal na cidade é feito através da análise das publicações mensais do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), levando em consideração as declarações dentro e fora do prazo. A base para as atualizações é a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2016.

O Informativo é Coordenado pelo Prof. Dr. Elton Eustáquio Casagrande, e conta com o apoio de Igor de Souza Theodoro, discente do Curso de Ciências Econômicas, e também com a supervisão do Presidente da ACISC, José Fernando Domingues.