14/06/17 13h24

São Paulo estuda a expansão de sistemas fotovoltaicos para mais de 50 mil habitações populares da CDHU

Economia média verificada em projetos-piloto foi de 40,5% para uma média de consumo de 103 kWh em cada unidade habitacional

Secretaria de Energia e Mineração

A Secretaria de Energia e Mineração do Estado de São Paulo avaliou nesta segunda-feira, 12 de junho, em sua sede, com representantes de associações, empresas produtoras de equipamentos solares e órgãos do governo estadual os resultados dos três projetos piloto de geração fotovoltaica e eficiência energética implantados nos conjuntos residenciais da CDHU nas cidades de Elisiário, Itatinga e Pontes Gestal, que servirão de base para a instalação de outros sistemas em mais de 51 mil unidades habitacionais construídas pela empresa no Estado de São Paulo.

Os estudos foram realizados em oito unidades residenciais em Elisiário, quatro em Itatinga e 14 em Pontes Gestal e registraram uma economia média de 40,5% para uma média de consumo de 103 kWh em cada unidade. “Estamos participando de uma nova era, onde iniciamos uma nova forma de gerar energia. Essa redução na conta de luz em habitações populares é um grande estímulo à população mais carente e abrimos um novo mercado para a formação de mão de obra necessária a instalação destes sistemas. Por isso, convidamos também o Centro Paula Souza para fazer parte deste processo”, disse João Carlos Meirelles, secretário de Energia e Mineração de São Paulo.

Os projetos, implantados pelas concessionárias Energisa, CPFL e Elektro com recursos de P&D e Eficiência Energética da Aneel, incluíram a instalação de módulos fotovoltaicos e micro inversores em cada residência, além da troca de lâmpadas comuns por lâmpadas de LED. O início do funcionamento ocorreu com a troca dos medidores pela distribuidora no mês de abril.

As dificuldades para a expansão do programa, apontadas pelas concessionárias, está relacionada aos custos individuais dos equipamentos de cada unidade habitacional (dois módulos e um micro inversor) que tem valor aproximado de R$ 7.000.

Após negociação da Secretaria de Energia e Mineração com as empresas produtoras de equipamentos fotovoltaicos e associações, o valor foi reduzido para cerca de R$ 4.500, o que viabiliza a geração de energia solar em casas populares e se enquadra nos programas da Aneel.

A ampliação deste programa, projetada pela CDHU, prevê a implantação de sistemas fotovoltaicos e substituição de lâmpadas por LED em 51.139 unidades habitacionais que foram entregues entre 2011 e 2016 nas regiões atendidas pelas concessionárias de distribuição AES Eletropaulo, CPFL, EDP Bandeirante, Elektro e Energisa.

“Nós temos o maior empenho para que essa iniciativa tenha sucesso e que sirva de exemplo para outros projetos semelhantes no país,” afirmou o secretário-adjunto de Energia e Mineração, Ricardo Toledo.

Serão atendidas 35.354 casas em 370 empreendimentos e 6.867 apartamentos em outros 134 residenciais da CDHU nas regiões das cinco concessionárias. Na área da AES Eletropaulo serão 8.918 unidades residenciais, na EDP 3.768, na Energisa 4.861, na CPFL 17.999 e na Elektro 15.593.

O próximo passo para a finalização da primeira etapa do projeto envolverá as distribuidoras de energia elétrica.

“Por meio do esforço conjunto das distribuidoras, empresas produtoras dos módulos e inversores, associações e poder público conseguiremos realizar uma grande expansão da energia solar fotovoltaica no Estado de São Paulo”, destaca Antonio Celso de Abreu Junior, subsecretário de Energias Renováveis da Secretaria de Energia e Mineração de São Paulo.

Dependendo da realização dos valores previstos no programa, com recursos de P&D e de Eficiência Energética da Aneel, o investimento total é estimado em R$ 230 milhões.

Participaram do encontro representantes da Abinee – Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica, Abesco – Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia, Absolar – Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, Cogen – Associação da Indústria de Cogeração de Energia e Sinduscon – Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de São Paulo, das empresas BYD do Brasil, Canadian Solar, Flex, Globo Brasil, CDHU – Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo, além de especialistas das Secretarias de Energia e Mineração e Habitação do Estado.