23/07/14 14h56

Segmento de R$ 3,2 bi prevê expansão

Valor Econômico

A concessão de aeroportos à iniciativa privada e o programa de aviação regional podem elevar as receitas das empresas de serviços auxiliares ao transporte aéreo, segmento que girou R$ 3,2 bilhões em 2013, segundo anuário apresentado ontem pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo (Abesata).

"O cenário é de demanda em expansão", disse o presidente da entidade, Ricardo Miguel. A Abesata representa 211 companhias e 28 mil empregados que prestam serviços às companhias aéreas em solo, entre os voos. Isso inclui transporte de bagagens, limpeza e checagem de aeronaves e transporte entre salas de embarques e aviões.

Desde o ano passado, o governo federal transferiu para o setor privado as operações de Viracopos (Campinas-SP), Guarulhos (Guarulhos-SP), Brasília (DF), Natal (RN), Galeão (RJ) e Confins (MG). "Em Guarulhos já percebemos uma transferência de trabalhos que eram da Infraero. Em Viracopos também, mas em menor volume. Em Brasília e Natal mantivemos o patamar que havia", disse o presidente da Abesata.

Segundo a associação, cerca de 9% das despesas operacionais de uma companhia aérea no Brasil são com serviços auxiliares. Mas o executivo disse que apenas um-terço desse valor vira faturamento de empresas especializadas, como Swissport, Orbital, ProAir e RM Ground Services.

Grande parte, perto de R$ 2 bilhões, fica no ecossistema das próprias empresas aéreas, que preferem ter essa operação sob comando. "Com a busca por redução de custos e eficiência, a demanda pelas empresas de serviços auxiliares vai aumentar", disse Miguel.

As empresas desse segmento contam ainda com a aviação regional para crescer mais que os 7% que a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) projeta para o transporte de passageiros domésticos este ano. "A operação em aeroportos menores e de menor movimento não justifica uma equipe para cada aérea que vai fazer um voo diário para determinado destino, disse afirmou Miguel.

O programa federal de aviação regional prevê investimento de R$ 7 bilhões em mais de 250 aeroportos no país.