Sorocaba mantém saldo positivo de empregos em abril

Sorocaba fechou o quarto mês consecutivo com saldo positivo de empregos, com a criação de 428 vagas em abril -- diferença entre o número de contratações e o de demissões. O volume é superior ao de março, que ficou em 327 vagas, e semelhante a janeiro (447) e fevereiro (444). No ano, o acumulado em Sorocaba é positivo em 1.775 vagas, de um balanço de 26.510 contratações e 24.735 demissões -- e com um resultado 109% superior ao do período de janeiro a março de 2017, que fechou em 850. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.

Em abril, de acordo com o levantamento, 6.447 trabalhadores foram contratados na cidade, frente a um volume de 6.019 dispensados. O setor que teve maior saldo na criação de empregos no mês foi o de serviços, com 546 vagas. Neste setor incluem-se trabalhadores de empresas que operam no mercado de terceirizações, como nas áreas de portaria, jardinagem, limpeza, dentre outras.

O setor da construção civil mostra uma retomada de fôlego na cidade. Foram 136 vagas a mais em abril, bem mais que as 24 vagas de março.

Se analisada a série histórica, as 1.775 vagas positivas de Sorocaba entre janeiro e abril são o melhor resultado do município nos últimos cinco anos. Com dados ajustados pelo Ministério do Trabalho, foram 317 vagas a menos em todo o ano passado, 8.614 também a menos em 2016, redução de 12.283 em 2015 (pior desempenho) e saldo positivo de 635 em 2014.

Negativo

A indústria de transformação foi o setor que mais perdeu vagas em abril e fechou 262 postos de trabalho. Já no acumulado do ano, é o comércio que amarga os resultados mais difíceis, com a perda de 512 vagas. O comércio registrou um saldo positivo de apenas seis vagas em abril.

O diretor da regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Erly Domingues de Syllos, pondera que, ao contrário dos dados de Sorocaba, o levantamento regional (que abrange 48 cidades) apontou a criação de 700 vagas em abril, impulsionadas por contratações em outros municípios. Ele reconhece que o setor ainda vive as oscilações provocadas pelas incertezas no País, a diminuição da previsão de crescimento do PIB, e a indefinição no cenário político num ano eleitoral, além de efeitos das crises enfrentadas pela Argentina e o aumento das taxas de juros americanas.

"Tudo isso faz com que os empresários coloquem um pé no freio em relação às contratações, para primeiro sentir como está o mercado." Syllos diz sentir, no contato diário com os empresários, que a recuperação do nível de emprego acontece lentamente, porém com ótimas perspectivas. "A previsão é de contratação de 700 trabalhadores na Toyota, além de 1,3 mil nas sistemistas. Tem também a Tecsis que irá retomar a produção. Temos sinais claros de que haverá essa recuperação."