05/09/16 14h53

Startup cria rede social com objetivo de estudo colaborativo

Empresas e internautas inscritos no site Cuboz podem criar grupos para debater, passar conhecimento e aprender sobre qualquer assunto

DCI

empresas podem criar grupos de estudos sobre determinados assuntos e interagir em tempo real sobre eles, compartilhando conhecimento e debatendo. O site já conta com usuários de mais de 10 países, tem versões em inglês e espanhol e previsão de faturamento de R$ 3 milhões em 2017.

Após investimento de R$ 300 mil para dar início as atividades em novembro de 2015, a startup foi finalista em um programa de aceleração da InovAtiva Brasil e, recentemente, foi convidada para integrar no programa da Circular Board, aceleradora americana para empresas que possuem mulheres empreendedoras com destaque mundial. A Cuboz não revelou seus ganhos ou previsões para 2016.

Hoje, a empresa tem mais de 5 mil usuários cadastrados, entre eles empresas de treinamento, professores particulares, Receita Federal e Sindicato das Empresas e Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo (Sescon-SP), além de instituições de ensino, como a Estácio.

Criada pelos desenvolvedores de softwares Paola Oliveira e Beno Netto, o negócio começou a ser idealizado quando notaram uma alta demanda vinda de uma de suas ferramentas.

"Fizemos uma plataforma de e-learning para um cliente com aplicações sociais e interativas e muitos outros clientes entraram em contato pedindo a mesma ferramenta. Começamos a replicá-la, mas em um dado momento percebemos que o número de clientes aumentava e seria difícil gerenciar muitos softwares diferentes", lembra Paola Oliveira, sócia da Cuboz.

Diferente de sites de ensino eletrônico - do inglês, eletronic learning (e-learning) - que fornecem cursos prontos para reprodução, a Cuboz tem como principal diferencial o aprendizado descentralizado, colaborativo e auto-organizado.

De acordo com a sócia-fundadora, as plataformas criadas para e-learning não atendem todas as necessidades de quem quer ensinar e atrapalha o processo de quem quer aprender.

"Se você já tentou estudar ou ensinar online deve ter percebido que essas plataformas não são completas, sendo necessário usar outras ferramentas como Whatsapp, Facebook, e-mail.  No Cuboz, essas ferramentas estão reunidas em um único ambiente, promovendo interatividade e o aprendizado em grupo", diz.

Para participar de um grupo de estudos, o usuário deve acessar o site e se cadastrar, gerando seu próprio perfil que é similar ao de uma rede social. Dentro da plataforma, há liberdade para se tornar membro de uma rede criada ou montar a sua própria, onde poderá criar fóruns, postar vídeos e fotos e interagir com os membros que participam de sua comunidade.

"Neste modelo de aprendizado que está emergindo, todos podem contribuir com informações, ideias e experiências, não restringindo a apenas uma pessoa", afirma a fundadora que, junto ao seu sócio, passou seis meses no Vale do Silício para adquirir conhecimento sobre empreendedorismo.

Na plataforma gratuita, qualquer usuário ou empresa pode montar grupos de estudos sobre determinados assuntos e debater sobre eles. "No Cuboz, não rotulamos pessoas como professor e aluno, pois acreditamos que todos podem aprender e ensinar", explica Paola.

Empresas que querem fazer o upload do vídeo direto em sua rede sem intermédio do Youtube e que precisam de maior armazenamento de espaço e ferramentas de relatórios e análise de dados podem contratar planos oferecidos pela startup a partir de R$ 299 mensais.

De forma colaborativa

De acordo com Paola, o diferencial da Cuboz para outras plataformas de e-learning é que a startup não segue o modelo de venda e distribuição. Empresas como a ClickMob e a Kaptiva oferecem a criação de cursos online para interessados, em uma linha mais personalizada e menos acessível que a Cuboz.

Entretanto, semelhante a Cuboz, a ThinkBinder é uma startup americana que também reúne várias ferramentas educacionais em um único espaço. Gratuita, a plataforma também trabalha com a criação de grupos de estudos online, onde os usuários podem discutir, fazer o gerenciamento de arquivos e se comunicar em tempo real.