'Startup São José' abre as portas para novas empresas de inovação

Programa de apoio a startups bancado pela Prefeitura de São José terá infraestrutura para abrigar mais de 20 startups, com cerca de 100 pessoas, desenvolvendo produtos e serviços inovadores por um prazo de até dois anos

Mirando na economia criativa, a Prefeitura de São José dos Campos inaugurou nesta quarta-feira, no Parque da Cidade, zona norte, o principal espaço do programa 'Startup São José', que abrigará empresas de inovação.

Duas já estão instaladas e outras três ou quatro estão a caminho. A meta é passar de 20 startups, com cerca de 100 pessoas trabalhando na antiga Casa do Café, imóvel dos anos 1930 restaurado para abrigar empresas tecnológicas e inovadoras.

A prefeitura investiu R$ 400 mil na reforma e no mobiliário do espaço, que tem 1.000 m². As máquinas antigas para preparo do café avizinham-se a computadores ultravelozes, capazes de criar a nova economia da cidade.

"Espaço para empreendedorismo, nova economia criativa e do conhecimento. Aqui misturamos a velha indústria com o novo", disse o prefeito Felicio Ramuth (PSDB).

Segundo Alberto Alves Marques Filho, secretário de Inovação e Desenvolvimento Econômico, a proposta é oferecer infraestrutura, e não incubação, às startups, como espaço físico, internet, segurança e limpeza. Cada empresa pagará taxa de R$ 150 por mês.

O edital de chamamento de startups e de parceiros do programa permanecerá aberto. O critério de escolha é a possibilidade de o negócio dar certo no curto espaço de tempo. As empresas devem ficar no espaço de um a dois anos.

Além da infraestrutura e da localização em meio ao verde do Parque da Cidade, as startups poderão participar de programas de aceleração, oferecidos por parceiros, como Fundação Dom Cabral, Embraer, Fundação Getúlio Vargas e BrazilLAB, entre outras.

"Ideia é atrair empresas leves, da economia criativa, que desenvolvam produtos ou serviços em menos tempo. É complementar ao Parque Tecnológico", disse Felicio.

Um dos programas será o 'City Lab', que visa soluções para a própria prefeitura, em áreas como mobilidade, saúde, educação, inteligência de gestão e segurança.

No geral, Marques Filho aposta em atrair startups de áreas como audiovisual, biotecnologia e saúde, além de um polo de criação de games.

Com criação de games, Casa do Café pode virar polo de criação de jogos eletrônicos

Para o "Prefeito", apelido de Emanuel Fonseca, 35 anos, da startup FlipFlop Lab, o espaço na Casa do Café tem potencial para se tornar um polo de desenvolvimento de games, uma das especialidades da empresa, que atua em áreas diferentes como agronegócio, educação e indústria automobilística. "Interessados em todas as oportunidades que surgirem aqui. O principal do espaço é a proximidade com as outras empresas", disse ele.

Fabiano Porto, 32 anos, do Instituto Regeneração Global, também está instalado no 'Startup São José' para "organizar e fomentar as startups que possam melhorar as nossas vidas, com cunho sustentável".