Vale compra mais matéria-prima industrial e vê alta da produção

Oito dos 10 produtos mais importados pelas empresas da RMVale tiveram aumento no volume de compra acima da média da região, entre 21% e 320%; ação pode sinalizar para aumento da produção de bens e serviços

Da redação@jornalovale

Os 10 produtos mais comprados no exterior pelas indústrias da RMVale acumulam alta de 17,78% nas importações nos oito primeiros meses deste ano. Depois de fechar 2017 com queda de 32,5% na importação de matéria-prima, a região registra o oitavo período seguido com alta.

Oito desses 10 itens principais tiveram aumento nas importações acima da média da região, variando entre 21% (veículos e peças) a 321,20% (ferro e aço), sinalizando para aumento da produção de bens e serviços.

"Normalmente, o segundo semestre é melhor para o comércio exterior. Fato de ter aumentado a exportação e a importação é bom para a região. Não adianta ter só um e não o outro", avaliou Cesar Augusto Teixeira, diretor da regional de São José do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).

De janeiro a agosto deste ano, as empresas da região importaram US$ 4,10 bilhões contra US$ 3,73 bilhões em igual período do ano passado, aumento de 9,87%.

A cesta de 10 produtos mais importados foi responsável por US$ 3,52 bilhões em compras no exterior neste ano ante US$ 2,99 bilhões nos oito meses do ano passado. A participação desses itens no total das importações saltou de 80,12% para 85,88%.

O levantamento é feito com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

SALDO.

No acumulado de janeiro a agosto deste ano, a economia do Vale do Paraíba foi superavitária em US$ 3,075 bilhões, em razão de exportações de US$ 7,180 bilhões e importações de US$ 4,104 bilhões. Com isso, a balança comercial da região foi superavitária em US$ 3,075 bilhões nos oito meses de 2018.

Combustíveis minerais, produtos químicos e máquinas lideram importação

No 'top 10' da cesta de importações da RMVale, oito produtos aumentaram a compra no exterior neste ano (ferro e aço, químicos orgânicos, alumínio, produtos farmacêuticos, combustíveis, outros químicos, plásticos e veículos). Já dois itens reduziram a importação: máquinas e materiais elétricos e reatores.

Combustíveis minerais foram os produtos com maior valor de importação para o Vale neste ano, com US$ 816,5 milhões de janeiro a agosto contra US$ 619,1 milhões no mesmo período de 2017, aumento de 31,87%.

Produtos químicos orgânicos aparecem em segundo lugar, com US$ 581,6 milhões comprados no exterior, alta de 60,61% ante a importação de 2017, de US$ 362,1 milhões. A importação de máquinas e materiais elétricos caiu 21,81%, de US$ 649,5 milhões em 2017 para US$ 507,9 milhões, neste ano.