07/06/18 12h20

Vale tem superávit de US$ 2,1 bilhões na balança comercial neste ano

Montante é menor ao registrado em 2017, o que já mostra os efeitos da paralisação dos caminhoneiros, que afetou as exportações; durante o mês de maio, as cidades da RMVale venderam 32% a menos do que em abril deste ano

O Vale

O superávit da balança comercial da RMVale ultrapassou US$ 2,1 bilhões pela primeira vez no ano, com saldo positivo de US$ 231,9 milhões em maio.

Os novos dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

No entanto, já sentindo os efeitos dos 10 dias de paralisação das exportações, com a greve dos caminhoneiros, o saldo foi menor se comparado ao mesmo período do ano passado. De janeiro a maio de 2017, o superávit da região foi de US$ 2,2 bilhões.

Em maio, a região exportou US$ 733 milhões, 32,15% a menos do que havia vendido ao exterior em abril, com US$ 1,08 bilhão. Também é menor na comparação com maio de 2017, quando as empresas exportaram US$ 887,2 milhões no Vale.

Entre os problemas apontados pelas indústrias que derrubaram as exportações, segundo entidades do setor, estão atraso na entrega de mercadorias, paralisação parcial da produção, perda de embarque de produtos e custos extras de armazenagem e também de logística.

No acumulado do ano, as exportações também estão mais baixas se comparadas ao resultado do ano passado. Foram US$ 4,502 bilhões contra US$ 4,532 bilhões de janeiro a maio de 2017.

As importações ficaram em US$ 2,3 bilhões neste ano, contra US$ 2,2 bilhões em 2017.

De 25 cidades exportadoras no Vale, 14 registram déficit na balança em 2018

No acumulado do ano, até maio, 14 cidades do Vale registraram déficit na balança comercial, com 11 anotando superávit. Em maio, Ilhabela manteve o maior superávit do Vale, com US$ 233,4 milhões, seguida de São José dos Campos (US$ 147,5 milhões) e Cruzeiro (US$ 12 milhões). Jacareí anotou superávit de US$ 4,9 milhões e Taubaté, déficit de US$ 395 mil.