14/02/18 15h57

Voo on-line

Folha de São Paulo

A start-up brasileira Virtual Avionics, especializada na fabricação de simuladores de voo, recebeu aporte do Fundo Aeroespacial para viabilizar a internacionalização das cabines.

Sediada em Campinas, a empresa vende ao exterior, principalmente na Europa, softwares que simulam voos em computadores pessoais.

Exportar cabines de verdade para treinamento de pilotos é o projeto da empresa, que já comercializa esse produto no Brasil e tem a companhia aérea Azul como cliente. Também desenvolve um piloto para a Embraer. A start-up receberá cerca de R$ 3 milhões do fundo.

"Nossas cabines são fixas e custam entre US$ 500 mil e US$ 1,5 milhão, enquanto as importadas, que têm movimento, podem ser vendidas por até US$ 12 milhões, diz o fundador", Amauri Sousa.

Apaixonado por aviação e tecnologia, Souza estuda programação desde os 11 anos de idade, cursou engenharia elétrica e fez um curso de piloto de aeronaves.

Para praticar o que aprendia, bolou um aparelho que simulava o painel de um Boeing 737. Logo, colegas se interessaram pelo produto. "A primeira leva de encomendas foi de dez unidades."

O hobby passou então a tomar cada vez mais tempo do profissional. A decisão de abandonar o emprego veio em 2013. Dois aportes de investidores, da ordem de R$ 2 milhões, viabilizaram a start-up Virtual Avionics e o desenvolvimento de simuladores em apps para celulares e tablets.

Os módulos encontraram receptividade na Europa e bancaram a pesquisa para a fabricação de cabines reais para treinamento de pilotos.