Álcool e nafta terão terminal em Santos

Valor Econômico - 17/04/2007

Para atender à demanda do mercado para importação de produtos químicos a granel e a exportação de álcool, o porto de Santos vai abrir um processo de licitação pública para uma área de 22 mil metros quadrados, próxima ao sistema Anchieta-Imigrantes e junto ao pier da Alemoa, na margem direita. Os estudos de viabilidade técnica, econômica e financeira, apresentados ontem por uma empresa de consultoria, contratada pela Codesp, administradora do porto, apontam como produtos vocacionais para o novo terminal a nafta, na importação, e o álcool, na exportação. No conjunto, a nova estrutura poderá movimentar, por ano, o equivalente a 900 mil toneladas, divididas em partes iguais pelas duas commodities. A estimativa da Codesp é de que o edital para a concorrência possa ser publicado dentro de três meses, após aprovação da Agência Nacional de Transportes Aquaviário (Antaq). A área, que foi explorada pela Petroquímica União por 20 anos, com cloreto de vinila, poderá voltar a esse grupo, já interessado em participar da licitação. O lance mínimo admitido na concorrência será de R$ 2,5 milhões (US$ 1,2 milhão). A título de arrendamento da área, o vencedor pagará R$ 1,60 por metro quadrado, mais R$ 1,20 por tonelada movimentada. Há, ainda, limites mínimos de movimentação por ano, até o 25º ano, o último do contrato, que poderá ser renovado por igual período. A prancha mínima deverá ter capacidade de operação do equivalente a 1.500 metros cúbicos por hora. A elevada demanda de espaços e movimentação desses produtos deverá provocar dois novos impactos no porto: a construção de novo pier de atracação, junto ao atual, na Alemoa, e de uma dutovia, ou alcoolduto, ligando as regiões produtores de cana do interior paulista a Santos. Estudos nesse sentido foram confirmados pelo presidente da DTA.