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Bancos de investimentos reagem ao avanço externo

Valor Econômico - 05/01/2007

Após os aportes de capital bilionários dos bancos de investimento estrangeiros no país, os nacionais vão contra-atacar. Itaú BBA, Unibanco, Bradesco, Safra e Banco do Brasil investem pesado em planos de expansão. Planejam contratar um exército de analistas, pessoal da área de vendas, relacionamento com os clientes, negócios, estruturação e originação de operações de mercado de capitais e fusões e aquisições. Vão também investir em marketing para reforçar a imagem de agilidade do banco de investimento, reduzindo a associação de sua marca apenas com banco de varejo ou de crédito.  Grandes gestores de recursos, as maiores instituições nacionais têm mantido a liderança no mercado de renda fixa - debêntures, notas promissórias e fundos de investimento em direito creditório (FIDCs). O grande filão é o mercado de renda variável, que teve um crescimento de 150% no bolo total de comissões que pararam nas mãos dos bancos de investimento em 2006. Para 2007, os nacionais poderão ganhar espaço devido ao seu relacionamento comercial com as pequenas e médias empresas brasileiras, que serão as principais a realizar emissões iniciais de ações daqui para frente. Com a queda nos juros básicos, os investidores locais deverão ter uma participação maior em renda variável e a rede de distribuidores dos bancos locais também será mais útil.