03/01/14 07h01

BNDES aprova R$ 307 milhões para sistema hidroviário de SP

DCI

A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a concessão de financiamento de R$ 307 milhões para a implantação de melhorias no sistema hidroviário do Estado de São Paulo.

As obras permitirão aumentar a carga transportada na hidrovia Tietê-Paraná para até 11 milhões de toneladas em 2020. Em 2011, foram 5,8 milhões de toneladas. Durante a implantação, serão gerados mais de 17 mil empregos diretos e indiretos.

Nas fases de operação e manutenção serão 1.271 novos empregos, sendo 1.145 indiretos. O projeto do governo paulista prevê investimentos de R$ 1 bilhão e faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. O BNDES entrará com 31,2% dos itens financiáveis, e os recursos do PAC, provenientes do Orçamento Geral da União, somarão R$ 584,2 milhões, ou 59,3% dos itens financiáveis.

O projeto do Departamento Hidroviário da Secretaria de Logística e Transportes do Estado de São Paulo prevê a implantação da eclusa da Penha, ampliação e retificação dos canais de Botucatu e Conchas, a implantação do Terminal Portuário de Araçatuba e das barragens e eclusas de Anhembi, Conchas e Santa Maria da Serra, todas na Tietê-Paraná. A hidrovia tem sob sua área de influência os Estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais, numa região de 76 milhões de hectares.

Ela integra um sistema de transporte intermodal (hidro-rodo-ferroviário), funcionando como alternativa de corredor de exportação até o Porto de Santos. Sua importância não se resume ao interior do Brasil, devido à possibilidade de integração da Bacia do Paraná com as Bacias do Rio da Prata, Uruguai e Paraguai, formando um sistema com cerca de 7.700 km de vias navegáveis, unindo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, denominado Hidrovia do Mercosul. O governo federal tem incentivado os investimentos no transporte aquaviário, que inclui, além do hidroviário, o marítimo e a cabotagem. O objetivo é elevar a participação desse meio de transporte na matriz nacional de 13%, em 2005, para 29% até 2025.

Atualmente, mais de 90% da carga transportada na hidrovia Tietê-Paraná é composta de areia, soja, cana, milho e farelo de soja. O potencial total de transporte de carga da via é estimado em até 20 milhões de toneladas por ano. Os principais rios da hidrovia são os interestaduais Paraná, Grande e Paranaíba, além de Tietê e Piracicaba.