02/12/22 11h03

Brasil tem condições de ser polo exportador, também, de componentes elétricos para o setor automotivo

Autodata

Com o avanço da eletrificação nos mercados maduros, como Europa e Estados Unidos, abre-se a oportunidade de o Brasil tornar-se polo de exportação de componentes de veículos a combustão, que por longo período, acredita-se, ainda serão realidade em países em desenvolvimento, pelos altos custos da eletrificação. Este assunto já foi amplamente debatido em seminários organizados pela AutoData Editora nos últimos anos. O que o Seminário Brasil Elétrico+ESG, transmitido online na terça-feira, 30, trouxe de novidade foi que há oportunidade, também, para a criação de uma cadeia de fornecimento elétrica que possa tornar-se polo de exportação.

Quem apontou a possibilidade foi Gílson Piovesan, gerente comercial de e-mobility da WEG, uma empresa nacional que fornece, dentre outros sistemas, motores elétricos.

“Temos a possibilidade de criar uma cadeia de subfornecedores no Brasil para que a indústria não faça apenas a montagem final, como hoje, mas passe a fornecer mais componentes. Temos lítio, temos imãs de terras raras, podemos fazer essa mineração e industrializar estes metais para a indústria local e exportação.”

Fez coro a ele Sílvio Furtado, diretor de soluções de veículos comerciais e tecnologia industrial da ZF América do Sul: “Sim, temos a possibilidade de ser base exportadora de motores a combustão, cada vez mais eficientes, e sim, temos a possibilidade de exportar componentes elétricos”.

César Alarcon, presidente da Pirelli, disse que em pneus as duas tecnologias seguirão convivendo por muito mais tempo. A companhia tem a linha Elect, dedicada a eletrificados, e o executivo garantiu que ele pode ser produzido aqui quando houver demanda. Mas, por enquanto, no País o foco ainda são as tecnologias a combustão:

“Teremos muitos mercados ainda usando motores a combustão interna. No Hemisfério Sul o Brasil pode liderar esse fornecimento”.

Fonte: https://www.autodata.com.br/noticias/2022/11/30/brasil-tem-condicoes-de-ser-polo-exportador-tambem-de-componentes-eletricos/49166/