23/11/06 15h59

Brasil terá recorde em exportação em 2007

Valor Econômico - 23/11/2006

A indústria siderúrgica brasileira prevê bater níveis recordes de produção e exportações em 2007, após dois anos de desaceleração. O consumo aparente de aço também deve alcançar seu maior patamar histórico. Projeções do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) apontam para a produção de 36,1 milhões de toneladas de aço bruto no ano que vem, 16,4% maior em relação a 2006, quando deverão ser produzidas 31 milhões de toneladas. O país vai contar com a entrada em operação dos novos alto-fornos da Cia Siderúrgica de Tubarão (CST) e da Gerdau Açominas, além de investimentos em expansões nas demais companhias. Dessa forma, a capacidade instalada sairá das 36,6 milhões de toneladas e deverá atingir a casa das 40 milhões. De acordo com o IBS, a maior parte da produção adicional será destinada ao mercado externo. Pelas estimativas do instituto, as exportações devem saltar de 12,3 milhões de toneladas em 2006 (uma queda de 1,6% em comparação com 2005) para 14 milhões no ano seguinte. As receitas em 2007 subirão 13,3% em comparação a este ano, para US$ 8,8 bilhões. Pelas estimativas do instituto, o parque siderúrgico nacional vai receber investimentos de US$ 11,2 bilhões até 2010 para elevar em 14 milhões a capacidade de produção nacional, atingindo 50,4 milhões de toneladas. Uma nova onda de projetos, que ocorreria entre 2012 e 2015, adicionaria de 18 milhões a 25 milhões de toneladas ao parque brasileiro, podendo chegar a 75 milhões, na mais otimista das expectativas. O consumo aparente de aço no país é previsto para subir de 18,8 milhões de toneladas para 20,6 milhões em 2007, um aumento de 9,2%. Devem ser consumidas no ano que vem 12,5 milhões de toneladas de aços planos (com incremento de 10,4% comparado à de 2006), enquanto o consumo de aços longos (voltados principalmente para a construção civil) pode subir 7,3%, para 8 milhões de toneladas. Para 2006, as projeções são de consumo de 11,3 milhões de toneladas de laminados planos e 7,5 milhões de produtos longos.