Briga de construtoras movimenta US$ 22 bi

Gazeta Mercantil - 22/11/2007

Se o consumidor aproveitou o assédio das construtoras este ano para se aproximar do sonho da casa própria, 2008 promete verdadeira guerra pelos clientes. Consideradas apenas as 20 empresas do setor de construção listadas na Bovespa, os planos para o próximo ano são de um salto de 54,5% nos lançamentos, de R$ 24,77 bilhões (US$ 14,24 bilhões) para R$ 38,29 bilhões (US$ 22 bilhões) em volume geral de vendas (VGV), que mede o valor dos imóveis. Apesar do movimento para diversificação geográfica e de mais participação no segmento residencial econômico, os projetos das incorporadoras mostram que 40% dos lançamentos previstos para 2008 ainda estão no eixo Rio-São Paulo e cerca de 35% serão de imóveis populares. O aquecimento imobiliário se reflete em recordes nos materiais de construção. Segundo a associação dos fabricantes, Abramat, em outubro tiveram alta de 27,17%. A dúvida entre as incorporadoras é se a indústria de insumos e equipamentos conseguirá crescer no mesmo ritmo. Com a dificuldade de encontrar projetistas e instaladores das áreas hidráulica e elétrica, criou uma equipe própria para as áreas. Quanto ao preço, apesar de saltos em insumos isolados, como alta de até 30% no valor do cimento, o Índice Nacional da Construção Civil (INCC) mostra crescimento moderado. No acumulado do ano é de 5,07%, ante 5,04% em 2006.