23/11/07 15h30

Casas Bahia cresce com lojas em shoppings e móveis mais sofisticados

Valor Econômico - 23/11/2007

As vendas de Natal mal começaram e a Casas Bahia já comemora o crescimento de quase 10% em seu faturamento, que deve fechar o ano em torno de R$ 12,5 bilhões (US$ 7,2 bilhões) em 2007. Pelos cálculos de Michael Klein, diretor-executivo da rede varejista, pelo menos metade dessa expansão nas vendas é conseqüência da conquista de consumidores das classes A e B, que se aproximam cada vez mais da rede, apesar de ela sempre ter se identificado mais com a população de baixa renda. Michael explicou que a chegada de compradores com maior poder aquisitivo permitiu o crescimento nas vendas de produtos com maior valor agregado, elevando o faturamento. Isso aconteceu sobretudo nas lojas situadas dentro de shoppings centers em áreas mais nobres das capitais. Como conseqüência, para sustentar o fenômeno, a família Klein precisou aprimorar a qualidade de sua linha de móveis. Além do avanço desse novo público, o faturamento das Casas Bahia foi favorecido também pela expansão nacional da rede. Até o fim do ano, 36 novos pontos-de-venda terão sido inaugurados ao longo de 2007, elevando para 553 o número de lojas da Casas Bahia. A realização anual das "Super Casas Bahia", (ou apenas "Super", como os funcionários da casa chamam o evento), durante o período de vendas natalinas também tem contribuído substancialmente para aproximar o público A e B do negócio que o polonês naturalizado brasileiro Samuel Klein começou há 55 anos. A estratégia é ganhar visibilidade e seduzir novos clientes com a fartura de crédito, marca registrada da rede. As estimativas mais conservadoras apontam para um faturamento de R$ 80 milhões (US$ 46 milhões) nos 38 dias - contados a partir desta sexta-feira - em que a megaloja ficará montada no parque do Anhembi, em São Paulo.