03/01/19 14h06

China é o principal parceiro comercial da região de Ribeirão Preto

Nos últimos 12 meses, o país asiático movimentou o equivalente a R$ 1 bilhão em compras de produtos locais

Revista Revide

A China segue sendo o principal comprador dos produtos da Região Metropolitana de Ribeirão Preto. Nos últimos 12 meses, o país asiático movimentou cerca de 290 milhões de dólares, o equivalente a R$ 1 bilhão, somente na região.

O país asiático comprou, somente em Sertãozinho, cerca de R$ 700 milhões em produtos no último ano. Em Ribeirão Preto, contudo, a China aparece como a segunda maior compradora, perdendo apenas para os Estados Unidos.

Dentre os principais produtos exportados pela região, o agronegócio continua sendo um dos setores mais fortes. Açúcares de cana, sacarose, soja, e amendoins são os principais produtos do campo. Apesar disso, o professor Luciano Nakabashi, um dos autores do estudo, comenta que o agronegócio não é o carro-chefe em Ribeirão Preto. "Se compararmos os valores, Ribeirão Preto é uma cidade que oferece muito mais serviços do que produtos do agronegócio", comenta.

Novo presidente

Os laços com o país liderado pelo presidente Xi Jinping, do Partido Comunista Chinês, foram alvo de incertezas durante a corrida presidencial de 2018. As discordâncias entre a linha liberal defendida pelo novo ministro da Economia, Paulo Guedes, e o histórico socialista do país oriental foram, temporariamente, apaziguadas pelo novo presidente, Jair Bolsonaro (PSL).

Em entrevista à TV Band em novembro de 2018, Bolsonaro confirmou que o comércio com a China pode ser ampliado. “A conversa foi muito boa, protocolar num primeiro momento e depois aprofundamos em algumas coisas. Está na cara que a China não quer deixar de fazer comércio conosco e nem nós para com eles”, disse Bolsonaro após o encontro com o embaixador da China do Brasil, Li Jinzhang. “Não teremos nenhum problema, muito pelo contrário. Pode ter certeza que o nosso comércio pode ser até ampliado”, afirmou.

Para Nakabashi, o papel relevante que a China ocupa no mercado mundial faz com que qualquer questão ideológica seja deixada de lado para manter o contato estratégico com o importante parceiro comercial. "Acredito que é mais uma questão de mercado do que política. A China é um grande mercado e é um país que ainda cresce", explica o professor.