06/06/14 15h14

Construções sustentáveis brotam pelo país

Brasil já é o 4º no número de registros para a certificação. Bayer inaugura prédio e reforça seu investimento neste mercado

Brasil Econômico

Caminhando pelas cidades brasileiras já não é mais tão difícil encontrar uma construção sustentável. Dados do Green Building Council Brasil (GBC Brasil) apontam que o país ocupa a quarta posição no ranking mundial de edificações registradas na certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), presente em 143 países, atrás apenas de Estados Unidos, Chinas e Emirados Árabes.

E as perspectivas parecem promissoras. O primeiro “prédio verde” brasileiro foi registrado em 2004, mas o conceito só começou a ganhar força em2007. Até o primeiro trimestre deste ano, o país registrava 873 empreendimentos sustentáveis, sendo 158 certificados. De 2007 até abril de 2012, eram apenas 52 certificados.

O principal motor desse crescimento são as construções comerciais. Até o ano passado, mais da metade dos lançamentos deste setor em Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba podem ser considerados sustentáveis. Segundo a Libercon Engenharia,40%dos empreendimentos comerciais e centros de distribuição executados pela construtora possuem ou estão em processo de certificação LEED.

“Uma das principais barreiras era a falta de informação, mas um processo massivo, que envolveu associações sem fins lucrativos e empresas, conseguiu mostrar que o aumento no custo de produção e falta de fornecedores no país não passavam de mitos”, explica o diretor geral do GBC Brasil, Felipe Faria.

De acordo com ele, atualmente, em alguns segmentos a busca por certificações já é demanda de mercado. Além dos prédios comerciais de alto padrão, cresce a procura por certificações para data centers, centros de distribuição e logística e novos museus. “Na visão do investidor, além da valorização do metro quadrado, os benefícios econômicos são a rápida velocidade de ocupação e aumento da retenção. Há estudos que dizem que em caso de crise, essas edificações vão continuar a se destacar”, ressalta Faria.

Bayer investe no mercado de construções sustentáveis
Como mais um passo na sua estratégia de investir no mercado das construções sustentáveis, a Bayer inaugura este mês o Eco-Commercial Building (ECB), na sua sede em São Paulo. Por ser uma empresa química que fabrica insumos como poliuretano e policarbonato, ela já atua no mercado de construção civil. Como prédio, a companhia passa a liderar, com o apoio de 13 parceiras, um projeto que engloba desde consultoria e planejamento, até a operação dos chamados “prédios verdes”.

“O projeto está alinhado à estratégia da Bayer de investir em tendências. Nossas tecnologias e inovações podem ajudar na redução do consumo de água e energia. O projeto já reúne os braços de Material Science e CorpScience”, diz o diretor do programa de ECB da Bayer no Brasil, Fernando Resende.

A empresa investiu R$ 1,8 milhão no prédio e mais R$ 1,5 milhão no seu entorno. Além disso, noventa e oito por cento dos materiais usados são fabricados no Brasil. O objetivo é que o edifício sirva de piloto para visitas de clientes e estudantes. Segundo Resende, o nível de eficiência energética é superior a 70% e há 25 aplicações de matérias-primas da Bayer.

“Mostrando as aplicações dos nossos produtos nesse segmento, a previsão é multiplicar em até três meses nossa participação no mercado de construção civil, nos próximos cinco anos”, adianta Resende.