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De uma pequena farmácia ao maior laboratório do País

O Estado de S.Paulo - 24/05/2007

Desde que nasceu, nos anos 50, no ABC paulista, inicialmente como uma farmácia, a EMS não parou de crescer. Hoje a empresa é o maior laboratório do País em produção e o segundo em faturamento. É também líder em fabricação de medicamentos genéricos. Em 1964, a companhia mudou-se para São Bernardo e entrou no ramo de produção de medicamentos. Segundo Telma Salles, diretora de Relações Externas, a EMS foi pioneira na produção de genéricos a partir do ano 2000, com o lançamento de três produtos. Hoje, são mais de 170. As três divisões de genéricos são responsáveis por 52% dos negócios. Dados do IMS Health, instituto especializado em medir o desempenho do mercado farmacêutico, citados por Telma, dão uma idéia do salto da EMS em poucos anos. Em 2002, os genéricos representaram uma receita de R$ 91 milhões (US$ 31 milhões) para empresa. No ano passado, foram R$ 702,9 milhões (US$ 322,86 milhões). Entre janeiro e abril, o mercado de medicamentos no Brasil somou 474 milhões de unidades. Desse total, os genéricos abocanharam quase 15%, ou 69,7 milhões de unidades. A EMS produziu 24,9 milhões de unidades. O segmento de genéricos é tão importante para a EMS que a empresa criou três divisões para responder aos desafios do mercado: EMS Genéricos, Legrand e Germed. Como pioneira nesse mercado, a EMS obteve crescimento expressivo, tendo saltado da 13ª posição no ranking das indústrias farmacêuticas em 2001 para a liderança em 2007. Para chegar ao resultado, a empresa investiu R$ 25 milhões (US$ 8,5 milhões), em 2002, no seu centro de Pesquisa & Desenvolvimento, que lhe permite lançar, em média, cinco produtos por mês. Mesmo sendo uma empresa que trabalha apenas com produtos isentos de patentes, a EMS destina 6% do faturamento para P&D. O objetivo é aprimorar produtos existentes, com exceção dos genéricos, que devem ser a cópia fiel do produto que reproduzem. A EMS também opera no exterior, com sua unidade Germed, instalada em Portugal, desde 2005. Além dessa iniciativa, a empresa já exporta para 15 países da América Latina, África e Europa, e elabora estratégia para entrar no mercado americano. Para tocar esse universo, a EMS, que tinha 15 funcionários em 1964, hoje conta com cerca de 4,5 mil colaboradores, dos quais 280 pesquisadores, entre farmacêuticos, químicos e bioquímicos no centro de P&D.