16/08/07 11h11

Desembolsos do BNDES crescem 38%

Valor Econômico - 16/08/2007

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou R$ 31,2 bilhões (US$ 16,6 bilhões) nos sete primeiros meses do ano, valor 38,2% superior aos R$ 22,6 bilhões (US$ 12,02 bilhões) desembolsados em igual período do ano passado. O volume de operações também cresceu de forma expressiva, atingindo 110,4 mil operações, 93,7% acima das 57 mil registradas entre janeiro e julho de 2007. O total de aprovações no mesmo período foi de R$ 48,83 bilhões (US$ 25,97 bilhões). O presidente do banco, Luciano Coutinho, lembrou que os investimentos previstos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) estimulam as consultas, aprovações e desembolsos do banco. O executivo destacou o aumento dos desembolsos em infra-estrutura, que subiram 35,8% e atingiram R$ 10,7 bilhões (US$ 5,7 bilhões), enquanto as aprovações para o setor subiram 144,9%, para R$ 24,6 bilhões (US$ 13,1 bilhões), acima dos R$ 21,7 bilhões (US$ 11,54 bilhões) aprovados para a indústria. Em termos de desembolso, a indústria recebeu R$ 15 bilhões (US$ 8 bilhões), alta de 33,4%. A projeção de desembolsos do banco para este ano é de até R$ 65 bilhões (US$ 34,6 bilhões), segundo decisão tomada na última reunião do Conselho de Administração da instituição. Coutinho minimizou a necessidade de haver outros R$ 34 bilhões (US$ 18,1 bilhões) em desembolsos nos últimos cinco meses do ano para que a meta seja alcançada. O executivo ponderou que a sazonalidade mostra que há um maior volume de desembolsos entre novembro e dezembro, e que a expectativa é que o ano termine com desembolsos entre R$ 60 bilhões (US$ 32 bilhões) e R$ 65 bilhões (US$ 34,6 bilhões). No acumulado dos 12 últimos meses, o valor total desembolsado foi de R$ 60,9 bilhões (US$ 32,4 bilhões), com aprovações de R$ 92,5 bilhões (US$ 49,2 bilhões). Dentro da indústria, o segmento que mais recebeu verbas entre janeiro e julho foi a agroindústria, com R$ 3,39 bilhões (US$ 1,8 bilhão), seguido por materiais de transporte, com R$ 2,95 bilhões (US$ 1,6 bilhão) e metalurgia, com R$ 2,69 bilhões (US$ 1,43 bilhão). Entre todos os segmentos discriminados pelo banco, o que mais recebeu recursos foi o de transporte terrestre, no setor de infra-estrutura, com recursos de R$ 5,51 bilhões (US$ 2,93 bilhões) em sete meses.