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Diebold injeta US$ 15 milhões no Brasil

Valor Econômico - 17/04/2007

Muita coisa mudou na americana Diebold desde que seu fundador, o alemão Charles Diebold, deixou seu país para fabricar cofres de aço no Estado de Ohio, nos idos de 1859. Há tempos, porém, os baús blindados não são mais o principal negócio da companhia. Passados 148 anos, a Diebold passou a ser reconhecida pela produção de seus caixas bancários de auto atendimento (ATMs), suas urnas eletrônicas e seus sistemas de segurança financeira. Outra mudança que muito provavelmente não passaria na cabeça do senhor Diebold é que, um século e meio depois, sua empresa teria 15% da receita mundial concentrada em um país chamado Brasil. "É a nossa segunda maior operação em todo o mundo, depois dos Estados Unidos", disse o presidente mundial da Diebold, O executivo, que veio ao Brasil para ver de perto as operações locais e visitar clientes, diz que ainda está tomando algumas medidas para ampliar essa participação. Até o final deste ano, a Diebold vai injetar US$ 15 milhões em sua subsidiária brasileira. Trata-se do maior investimento já feito pela empresa com a finalidade de ampliação, e não de aquisição de operações. Boa parte desse investimento se concentrará na consolidação de um centro global de desenvolvimento de sistemas para ATMs, linha de produtos que hoje é o maior negócio da multinacional, responsável por US$ 2 bilhões dos US$ 2,9 bilhões que a Diebold faturou em todo o mundo em 2006. Com a sua unidade de terceirização de sistemas, que já conta com 60 profissionais, a filial brasileira pretende alimentar as demais subsidiárias espalhadas por cerca de 90 países. Parte dos projetos feitos no Brasil - como sistemas e equipamentos desenhados especificamente para o setor financeiro - será enviada para a unidade indiana da Diebold, que se encarregara de montar e vender os produtos. A previsão é de que, até o fim deste ano, dois mil terminais de auto atendimento produzidos no Brasil sejam montados na Índia. O desenvolvimento de sistemas tipo exportação teve início há cerca de seis meses e, já há projetos saindo do forno. A partir de maio, a multinacional coloca em operação um novo sistema de ATM, que rodará em bancos de diversos países da Europa. O software foi totalmente desenvolvido pela equipe de 40 profissionais brasileiros.