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Embraer busca fornecedor para novos jatos executivos

Valor Econômico - 09/08/2007

Mesmo sem previsão de lançamento, ganham corpo os projetos da Embraer para a produção de dois novos jatos executivos. De acordo com o vice-presidente desse segmento dentro da empresa, Luís Carlos Affonso, a empresa já iniciou contatos com potenciais fornecedores de equipamentos, de forma a calcular os custos das novas aeronaves e construir o plano de negócios. Os estudos estão concentrados em jatos do segmento "midsize" e "midlight" (de médio e pequeno portes), nichos de mercado que, de acordo com estimativas da Embraer, deverão mostrar o maior ritmo de crescimento nos próximos 10 anos, por conta da demanda por aeronaves de maior alcance, capazes de ir de um continente a outro. Os midsize e os midlight vão responder por 22% dos 11 mil jatos que serão comercializados até 2016 e por 18% do faturamento da indústria de aviões executivos (algo em torno de US$ 170 bilhões). São mercados que também concentram poucos competidores - hoje Bombardier, Cessna, Gulfstream e Raytheon possuem produtos nessas categorias. As vendas desses novos jatos deverão refletir no balanço da Embraer entre quatro e cinco anos após o anúncio dos projetos, coincidindo com a meta de, a médio prazo, fazer com que os jatos executivos representem 20% do faturamento da companhia. Affonso também não descarta a hipótese de desenvolver um terceiro jato executivo, de maior porte, a partir de uma plataforma inédita (e não por meio de adaptações de aparelhos da linha comercial). Dessa forma, a Embraer poderia encostar na líder do segmento, a canadense Bombardier, que possui hoje 28% do mercado global de jatos executivos.