23/11/07 15h31

Fleury compra URP após dois anos sem aquisição

Valor Econômico - 23/11/2007

Ressonâncias, tomografias, raios X e ultra-sons. Diagnósticos por imagem compõem o segmento que, na média, tem a melhor margem de lucro e o maior ritmo de crescimento para o Fleury. Para reforçar a divisão, a companhia anunciou ontem a aquisição da paulistana URP. A compra inclui duas unidades de atendimento na capital e mais uma em construção. O valor não foi divulgado. A URP deve fechar 2007 com receita bruta de R$ 30 milhões (US$ 17,2 milhões). Já o Fleury, sem o impacto da compra, vai terminar o ano com receita de aproximadamente R$ 600 milhões (US$ 344,83 milhões), 15% superior ao registrado em 2006. "Para 2008 projetamos R$ 750 milhões (US$ 431 milhões), com a URP inclusa", afirma Mauro Figueiredo, presidente da companhia. O Fleury é o segundo maior grupo de diagnósticos médicos do país, depois da Diagnósticos da América (Dasa), que está listada na Bovespa. Nos últimos anos, ambos realizaram diversas aquisições. O Fleury comprou 15 laboratórios entre 2002 e 2005, por meio da subsidiária NKB. Os anos de 2006 e 2007 serviram para organizar a rede e remodelar a estrutura do grupo. Para viabilizar boa parte das compras que realizou, o Fleury deu ações da NKB em pagamento aos donos das empresas. O modelo gerou uma estrutura societária de gestão intrincada, com muitos acionistas minoritários. Estes chegaram a possuir 33% da NKB. Hoje, cerca de 20 sócios têm 19% da NKB. Desta vez, cerca de dois anos após a última compra, o Fleury comprou 100% das ações da URP com recursos provenientes da geração de caixa e linhas de financiamento junto a bancos nacionais. A inclusão da URP permite que o Fleury reforce a divisão de exames por imagens, não só com estrutura física mas também com um corpo de médicos especializados. Atualmente, diagnósticos por imagem representam perto de 30% de toda a receita que o Fleury obtém com exames. A participação do segmento deve subir para 40% no futuro, uma vez que cresce a taxas maiores do que a divisão de análises laboratoriais. No caso da Dasa, serviços de imagem representaram 36% da receita no último trimestre.