17/08/07 10h46

Friboi deve ampliar capacidade de abate em mais de 20%

Valor Econômico - 17/08/2007

A JBS, que controla o Friboi, deve elevar, até o fim do ano, em mais de 20% sua capacidade de abate de gado bovino nas unidades do Brasil e na Argentina, de acordo com o diretor José Paulo Macedo. A capacidade, hoje em 24.100 cabeças diárias, será ampliada em 5.100 unidades com os investimentos que estão sendo feitos pela empresa em cinco de suas 15 plantas de abate no Brasil. No primeiro semestre deste ano, a empresa aplicou R$ 326 milhões (US$ 173,4 milhões) entre aquisições e investimentos em aumento da produção. Entre eles está a ampliação da unidade de carne industrializada de Andradina (SP), de 30 toneladas dia para 100 toneladas; ampliação de desossa e capacidade de abate nas fábricas de Barretos (SP), Barra do Garças (MT), Campo Grande (MS) e também em Vilhena (RO). Macedo lembrou que a partir do próximo semestre as fábricas da americana Swift, nos EUA e na Austrália, também começam a ser contabilizadas na capacidade de abate da JBS. Só a Swift, que foi adquirida em maio deste ano por US$ 1,458 bilhão, tem capacidade de 23 mil animais por dia. O diretor da JBS explicou que o lucro líquido da empresa recuou 23,2% no primeiro semestre deste ano, para R$ 49,4 milhões (US$ 26,3 milhões), contra R$ 64,3 milhões (US$ 29,5 milhões) em igual intervalo do ano passado, por conta dos custos com o lançamento de ações na bolsa em março deste ano. Ele reconheceu ainda que a empresa, que teve uma receita bruta de R$ 2,495 bilhões (US$ 1,33 bilhão) no primeiro semestre, teve impacto da alta da matéria-prima em suas margens. Mas disse que, ainda assim, tanto margem bruta quanto margem EBITDA ficaram em linha com os resultados. No primeiro semestre, a margem bruta foi de 23,9% ante 24,5% em igual período do ano passado. Já a margem EBITDA ficou em 14,2%, contra 14,3% registrados no primeiro semestre de 2006. Apesar da recente turbulência nos mercados financeiros, a empresa continua otimista com o desempenho futuro, segundo ele. "A China vai continuar forte e o mundo vai continuar consumindo carne", afirmou, ponderando que a empresa está "olhando de perto a crise".