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Gavião Peixoto quer crescer e virar um pólo aeronáutico

Valor Econômico - 06/08/2007

A grande aposta - e ambição - de Gavião Peixoto é abrigar um pólo de produção de equipamentos e prestação de serviços no setor aeronáutico, tirando do papel a criação do pólo aeronáutico planejado há cinco anos, mas que hoje só reúne a Embraer e a produtora de asas Kawasaki (assumida no ano passado pela fabricante de jatos). Além da Embraer, as empresas que se instalarem no local também poderiam atender à futura demanda de empresas como a TAM, que instalou seu centro de manutenção em São Carlos, a 70 quilômetros de Gavião, e a BRA, que planeja construir a sua unidade de serviços em Araraquara. Esses municípios também se preparam para entrar na disputa por empresas do mesmo perfil. A cidade também não descarta conceder incentivos a atividades ligadas aos setores sucro-alcooleiro e de laranja, como processadores de suco. A unidade de Gavião Peixoto foi inaugurada em 2002, numa gigantesca área de 24 quilômetros quadrados (São Caetano, na região metropolitana de São Paulo, tem 15 quilômetros quadrados). A partir do ano que vem, abrigará a montagem final do very light jet (VLJ) Phenom 100, para até oito ocupantes, cujo preço de tabela é de US$ 2,98 milhões (quase o valor do orçamento de Gavião Peixoto). No ano seguinte, entra em produção o modelo Phenom 300, para até nove ocupantes e que custa US$ 6,6 milhões. A Embraer já comercializou 450 unidades dos dois modelos, que devem contribuir para que a divisão de jatos executivos responda por 20% do faturamento da companhia no prazo de 10 a 15 anos. O local também foi projetado para a produção e renovação de caças militares e fabricação dos móveis dos jatos.