29/07/19 14h06

Governo estuda marketplace para MEIs

Portal deve reunir informações para fomentar o empreendedorismo jovem

DCI

Um “marketplace de soluções para o empreendedor”. É esta uma das medidas que o governo estuda para ensinar o pequeno empresário a, por exemplo, precificar sua mercadoria, tomar crédito e realizar exportações. Em outra frente, a Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec) também planeja para o último trimestre do ano um movimento de estímulo ao empreendedorismo jovem em conjunto com a Confederação Nacional de Jovens Empresários (Conaje). O plano, ainda em formatação, terá como norte falar para os jovens sobre cultura empreendedora durante uma semana, em ambiente de sala de aula.

Duplicar a produtividade dos pequenos

O subsecretário de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas, José Ricardo da Veiga, afirma que a ideia é, além de incentivar o empreendedorismo, duplicar a produtividade das pequenas empresas, considerada baixa segundo declarações recentes do presidente Jair Bolsonaro sobre a criação de um programa voltado à “primeira empresa”, informou a agência de notícias Reuters. Todas as medidas integrariam o Portal do Empreendedor, canal oficial voltado à formalização do microempreendedor individual, espécie de beabá para os futuros donos de empresas.

Combater falta de planejamento

A meta da secretaria, segundo Veiga, é que o portal reformatado esteja pronto até dezembro, mas que já ofereça novidades a partir de setembro. Com ele, o governo quer combater a falta de planejamento, apontada por 49% dos empresários que fecharam as portas como uma falha no processo de empreender, segundo estudo do Sebrae. A preparação dessas empresas é vista como crucial, já que 98% das companhias no Brasil são de pequeno porte. No total, são cerca de 8 milhões de micro e pequenas empresas e mais 8,5 milhões de microempreendedores individuais.

Portal como bússola de um processo

O secretário citou ainda a falta de produtividade como outro grande gargalo. De acordo com estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a microempresa brasileira tem 10% da produtividade da grande companhia que opera no país. Na média da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), esse percentual é de 50%. Nos próximos quatro anos, o objetivo é levar a produtividade da microempresa brasileira a 20%, afirmou Veiga, com o portal turbinado como uma das bússolas deste processo.

Em linha com o ‘ser patrão’

Em suas declarações públicas, o presidente Jair Bolsonaro tem apontado a dificuldade “de ser patrão” no Brasil. “Eu pretendo, e estou falando com o ministro da Economia, Paulo Guedes, lançar o programa Minha Primeira Empresa, para todo mundo que reclama do patrão ter chance de ser patrão um dia”, disse o presidente recentemente. Um dos primeiros economistas a se aproximar do então deputado federal e hoje presidente Jair Bolsonaro, o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, apoia há anos o fomento à primeira empresa.

Fundos de pensão fechados...

Com uma alocação acertada dos investimentos em renda fixa e títulos públicos e, complementarmente, em renda variável, alguns fundos de pensão fechados obtiveram no primeiro semestre de 2019 rentabilidades em suas carteiras bem acima das metas atuariais e das principais aplicações financeiras. Neste contexto, a Fundação Viva de Previdência, com patrimônio de quase R$ 3 bilhões e 50 mil participantes, se destacou no segmento de previdência complementar. O Vivaprev alcançou rentabilidade de 9,13 % no semestre, em relação a uma meta de 4,51 %. Por sua vez, o plano Geaprev obteve retorno de 12,52 %, ante uma meta atuarial de 4,58 %. Se comparado a produtos bancários, como poupança (2,25 %), CDI (2,59 %) e inflação medida pelo INPC (2,45%), os resultados dos planos foram ainda melhores.

...e com rentabilidade alta

O diretor-presidente da Viva Previdência, Silas Devai Jr., atribui o ótimo desempenho a uma política de investimentos eficiente, mas admite que “com a provável redução da taxa de juros, a partir do ano que vem, teremos de aumentar nossas apostas em renda variável para manter o atual desempenho”. Os dois fundos são compostos, majoritariamente, por servidores públicos espalhados por todo o país, especialmente da área de saúde.

Bom de faturamento

O balanço no faturamento da holding de franquias Universal Franchising - dona das marcas Cheirin Bão (cafés especiais), Depile-se (rede de depilação com ceras mornas) e BeautyB (Sobrancelhas e Unhas) – deve chegar a R$ 40 milhões neste ano, quase o dobro do ano anterior, em que alcançou R$ 28,5 milhões. Wilton Bezerra, diretor do Grupo, ressalta que de janeiro a junho de 2019 a rede inaugurou 35 unidades por todo o país. “Temos um planejamento de expansão bem alinhado e executado. Além disso, buscamos sempre aprimorar nossos produtos e serviços em cada uma de nossas marcas”, explica. Bezerra também afirma que 2019 tem sido um ano para ampliar a participação da empresa em feiras no setor do franchising, como a Franchise 4U, e também estarão na Expo Franchising ABF Rio. Atualmente, as três empresas somam mais de 300 lojas em todo o Brasil e a Cheirin Bão também está representada em Portugal, em Vila Nova de Gaia.

Vantagem competitiva 

Em um ambiente cada vez mais competitivo, as empresas estão cientes da relevância da marca como vantagem competitiva. O design, parte da estratégia das marcas de consumo, principalmente nos segmentospremium e luxo, é muito importante para definir a proposta de valor do produto, com base no estilo de vida. A afirmação é de Francisco López Navarrete, CEO da Mindway Business School, da Espanha, que acaba de fechar parceria com a FAAP (Faculdade Armando Alvares Penteado). Juntos, a partir de setembro, estarão oferecendo o programa Lifestyle Brands Management. Trata-se de uma capacitação inédita no Brasil, que terá formato híbrido, com imersões online, dois módulos em SP e um módulo em Madri. O curso será lançado oficialmente nesta segunda-feira (29/7), às 19h30, durante workshop com o CEO da Mindway.

Amplo mercado de lifestyle

A declaração de Navarrete tomou como base seu testemunho sobre como algumas indústrias estão mudando suas estratégias de produto e comunicação a serviço da experiência do consumidor. Com o mercado delifestyle não poderia ser diferente. “Design, tecnologia e experiência de marca são as melhores ferramentas para criar e capturar valor em um período de constante mudança", destaca. O mercado de lifestyle é muito amplo, que tende a crescer ainda mais. De acordo com pesquisa da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o segmento de saúde, beleza e bem-estar registrou crescimento de 9,7% no terceiro trimestre de 2018, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Foi o terceiro melhor desempenho em franquias, segundo o estudo.