Grande ABC tem aumento de 2,3% na renda média

A massa de renda dos trabalhadores formais da região teve alta de 2,3% em relação a 2017, somando R$ 2,3 bilhões em outubro deste ano. A renda média representa R$ 3.164,79 por trabalhador em emprego formal na região, 6,13% acima do mesmo mês do ano passado.

 Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), e foram levantados pelo Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo no 18º Boletim EconomiABC, divulgado ontem. O documento traz um balanço das atividades das sete cidades até outubro contextualizadas no cenário nacional.

 Os dados mostraram que, conforme projeção de crescimento da economia brasileira de 1,3% em 2018, feita pelo Banco Central – inferior à expectativa do início do ano de alta de até 3,5% –, o Grande ABC registrou volume de operações de crédito cerca de 11% maior. A soma atingiu R$ 37 bilhões nos últimos 12 meses encerrados em agosto deste ano, o maior valor desde novembro de 2016.

 Além disso, houve criação de empregos industriais pela primeira vez desde 2011, o que indica que a região encerrou a recente recessão. Foram 1.200 empregos formais gerados no setor industrial da região, que perdeu mais de 68 mil postos de trabalho entre 2012 e 2017.

 O fim desse ciclo não permite baixar a guarda. “O ajuste das contas públicas, sem dúvida, será o principal desafio do novo governo que se inicia em 2019. Há de se lembrar que crises fiscais têm forte potencial para deflagrar crises econômicas. Só nos últimos 12 meses, o setor público brasileiro pagou o equivalente a 5,55% do PIB (Produto Interno Bruto) em juros. Isso afeta a capacidade de investimento do governo”, afirmou o economista Sandro Maskio.