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Grandes redes de varejo caçam ponto comercial em SP

Folha de S. Paulo - 11/03/2007

Em 2006, oito grandes redes de varejo, com faturamento bilionário, abriram 46,5% mais lojas do que no ano anterior. A corrida das inaugurações foi recorde nos últimos três meses do ano e criou uma indústria de caça aos pontos nas grandes capitais. A busca por locais é estratégica: são as lojas recém-inauguradas que têm "segurado" a receita líquida das empresas de varejo há anos. Maior rede de departamentos do país, a Americanas inaugurou 45 lojas em 2006, o dobro do ano anterior e recorde para a empresa. Ela atingiu 237 pontos-de-venda no país em 2006 e deve bater novamente seu recorde neste ano, com previsão de 47 novas unidades. O grupo Pão de Açúcar abriu 23 pontos em 2006, contra 5 em 2005. Para 2007, serão mais 30 pontos, com parte dos terrenos já comprada -a localização é secreta. Lojas Americanas, Pão de Açúcar, Ponto Frio, Renner, Riachuelo, Carrefour, Wal-Mart e Lojas Cem inauguraram 148 lojas em 2006, contra 101 em 2005, alta de 46,5%. A Casas Bahia vai inaugurar mais 50 lojas novas em 2007. As companhias tentam se expandir aos poucos, abrindo pequenos centros. Em São Paulo, estima-se que um terreno de 2.500 m2 para um supermercado custe de US$ 952 mil a US$ 1,2 milhão. Para hipermercado, de 6.000 m2 a 7.000 m2, são US$ 1,9 milhão. Para lojas menores, nas ruas Oscar Freire e Haddock Lobo, nos Jardins, o metro quadrado custa de US$ 3.000 a US$ 3.300, e, na avenida Paulista, cerca de US$ 4.300. Na popular 25 de Março, endereço comercial mais caro da capital, chega a US$ 4,8 mil.