14/01/19 12h30

Mercado vê crescimento do PIB maior neste ano

Segundo o Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo Banco Central, estimativa de economistas do mercado financeiro para o crescimento do PIB passou de 2,53% para 2,57%

Estadão

A expectativa de alta para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 passou de 2,53% para 2,57%, conforme o Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 14. Há quatro semanas, a estimativa de crescimento era de 2,55%. Para 2020, o mercado manteve a previsão de alta do PIB, em 2,50%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.
A projeção do Banco Central para o crescimento do PIB em 2019 é de 2,4%. Esse porcentual foi divulgado no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de dezembro.
Já para o avanço do PIB em 2018, que será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 28 de fevereiro, o mercado financeiro projeta alta de 1,28%, conforme o Sistema de Expectativas de Mercado do relatório Focus. Uma semana antes, a estimativa estava em 1,30%.
No relatório Focus divulgado nesta manhã, a projeção para a produção industrial de 2019 seguiu indicando alta de 3,04%. Há um mês, estava em no mesmo nível. No caso de 2020, a estimativa de crescimento da produção industrial permaneceu em 3,00%, igual o visto quatro semanas antes.
A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2019 passou de 56,70% para 56,80%. Há um mês, estava em 56,40%. Para 2020, a expectativa seguiu em 58,65%, ante 58,90% de um mês atrás.

INFLAÇÃO

Houve também um pequeno aumento na expectativa dos analistas do mercado para a inflação em 2019. Segundo o documento, a mediana para o IPCA este ano passou de alta de 4,01% para elevação de 4,02%. Há um mês, estava em 4,07%. A projeção para o índice em 2020 seguiu em 4,00%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo nível.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectativa permaneceu em 3,75%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,75% para ambos os casos. A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).

SELIC

Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica) para o fim de 2019. O Relatório de Mercado Focus mostra que a mediana das previsões para a Selic este ano seguiu em 7,00% ao ano. Há um mês, estava em 7,50%. Já a projeção para a Selic no fim de 2020 seguiu em 8,00%, igual ao visto quatro semanas atrás.
No caso de 2021, a projeção também seguiu em 8,00%, igual ao verificado um mês antes. A projeção para a Selic no fim de 2022 permaneceu em 8,00%, mesmo patamar de um mês antes.
Em 12 de dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou a manutenção, pela sexta vez consecutiva, da Selic em 6,50% ao ano. Ao mesmo tempo, o BC indicou que a Selic tende a permanecer no atual nível - o mais baixo da história - pelo menos nos primeiros meses do governo de Jair Bolsonaro. Entre as indicações, o colegiado avaliou que, desde o encontro anterior, de outubro, houve alta do risco de a ociosidade na economia produzir inflação abaixo do esperado.
Para o grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo, a mediana da taxa básica em 2019 passou de 6,50% para 7,00% ao ano, ante 7,00% de um mês antes. No caso de 2020, seguiu em 8,00% e, para 2021, permaneceu em 8,00%. Há um mês, estavam em 8,00% em ambos os casos. Para 2022, a projeção do Top 5 também permaneceu em 8,00%, igual ao visto um mês antes.

DÓLAR

O relatório também mostrou manutenção no cenário para a moeda norte-americana em 2019. A mediana das expectativas para o câmbio no fim do ano seguiu em R$ 3,80, igual ao verificado há um mês.
Para 2020, a projeção para o câmbio no fim do ano também seguiu em R$ 3,80, igual ao de quatro pesquisas atrás.