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Microsoft amplia serviços no Brasil

Valor Econômico - 16/08/2007

Steve Berkowitz tem uma maneira simples de comparar seu antigo emprego - o de executivo-chefe do site de busca Ask.com - da posição atual: a de capitão da Microsoft na guerra contra o Google e o Yahoo pela supremacia na internet. "O Ask.com era um barco a remo", diz ele. A embarcação era pequena e pouco confortável, mas o leme era fácil de virar. Já a Microsoft é um iate de luxo. "Há muito mais recursos, mas mudar seu curso também é mais difícil." Ontem, em sua primeira visita ao Brasil, Berkowitz deu uma demonstração do rumo que considera o mais correto para a Microsoft. Na posição de vice-presidente sênior do Online Services Group - a divisão de internet da companhia - ele lançou dois produtos em português: o Live Search Maps, um serviço de busca que utiliza mapas em 3D, e o Live Search Products, pelo qual o usuário pode encontrar produtos e fazer comparações entre eles. É esse tipo de experiência que os usuários de internet querem, diz o executivo - serviços baseados na tecnologia, mas que não requerem dos usuários um conhecimento mais profundo de como ela funciona. Parece simples, mas para a Microsoft, que nasceu e fez fortuna vendendo software, é um desafio. O Live Search Maps oferece um serviço de rota para 170 cidades e dados atualizados de trânsito. O usuário pode localizar endereços comerciais e adicionar os resultados em uma lista de interesse de restaurantes, teatros, cinemas etc. No Live Search Products, uma parceria com o site BuscaPé, é possível comparar detalhes de produtos, além de preços. Ambos estarão disponíveis em um mês. A maior expectativa, no entanto, é pelo novo mecanismo de busca que está sendo preparado pela Microsoft. "A previsão é de que a nova versão será lançada entre outubro e novembro, com bilhões de documentos a mais e novas ferramentas de interface com o usuário", diz Berkowitz. Com o novo sistema, a Microsoft espera diminuir a distância em relação ao Google, como já fez em outras áreas antes disso. "Nosso sistema existe há dois anos e meio, enquanto o do Google tem quase nove anos", compara o executivo. "Nossa tecnologia é nova, mas estamos recuperando terreno."